Novo plano estratégico da empresa agradou, mas a execução ainda gera incertezas. Em pouco tempo, operadora registrou baixa de 3,09% na B3.
A manhã da última terça-feira, 16, foi agitada para a Oi. Com a apresentação do novo plano estratégico, as ações da operadora ficaram em alta.
O motivo do alvoroço foi a ideia mostrada pela Oi para recuperar o caixa da empresa: vender uma série ativos que não são essenciais para as operações da companhia até 2021.
Com um lucro estimado entre R$ 6,5 e R$ 7,5 bilhões, as primeiras reações foram animadoras, mas não duraram muito. Em pouco tempo, as ações caíram cerca de 3,09%. O motivo? Investidores ainda não sentem segurança na execução do plano.
No papel, tudo parece promissor. Mas na prática, a Oi pode enfrentar uma série de desafios, conforme a análise de especialistas do mercado. Perspectiva que fez com que os papéis fechassem a terça-feira em baixa.
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Na visão de qualquer um familiarizado com a atuação da Oi, a pretensão da empresa de aproveitar o resultado das vendas e investir na infraestrutura, que vai resultar no desenvolvimento e expansão de produtos como a fibra ótica, soa sensata.
Entretanto, um dos principais desafios para empresa será lidar com a competição no segmento móvel e banda larga.
Todos esperavam que a empresa anunciasse a venda do seu segmento móvel, área em que perde mercado para a concorrência. No entanto, a Oi comprou a briga e anunciou inclusive que via focar nos clientes mais caros, os pós-pagos. Alvo de todas as concorrentes.
Sobre o leilão do espectro para o 5G, a empresa se limitou apenas em dizer que tudo está sob análise. Um cenário incerto para o segmento móvel.
Outro grande desafio para a companhia é a concessão de serviço público de telefonia, no qual gasta R$ 600 milhões por ano. Somente a aprovação da PLC 79/2016 pode retirar a empresa dessa obrigação.
Entretanto, o projeto que cria um novo marco para as telecomunicações no país segue parado em uma comissão no Senado.
A expectativa da Oi é dobrar seu valor de mercado com o novo plano estratégico.
Mas todos os problemas mencionados acima deixam os investidores cheios de incertezas a respeito do futuro e os investimentos na companhia.
Com informações da InfoMoney e análise da repórter Letícia Toledo.