Para o Diretor de Relações Institucionais e Assuntos Corporativos da Vivo, Enylson Camolesi, o setor precisa de harmonia entre as diferentes legislações.
Quando o assunto é a qualidade do serviço prestado pelas operadoras de telecom no país, a certeza que logo vem à cabeça é de que as empresas não investem na instalação de novas antenas. Elas só visam o lucro enquanto suas redes estão saturadas.
Mas na série de entrevistas Encontros, promovida pelo portal tele.sintese, o Diretor de Relações Institucionais e Assuntos Corporativos da Telefônica Vivo, Enylson Camolesi, explicou os motivos pelos quais as operadoras, e em especial a companhia que ele representa, não conseguem se expandir e melhorar a qualidade dos serviços.
Na opinião do executivo, um dos entraves seria a série de leis municipais e federais que não estão adequadas ao ponto de vista de utilização de infraestruturas urbanas e não urbanas. Segundo ele, é preciso imediatamente fazer uma harmonização entre as legislações com a Lei Geral das Antenas (LGT), que foi aprovada em 2015 e até agora não foi utilizada devidamente.
VIU ISSO?
– Executivo da Vivo afirma: 5G necessita de antenas cinco vezes maior
– Porto Alegre promulga nova Lei das Antenas
– Vivo vai colocar antenas 4G até em postes de iluminação
“Os Sites e as Erbs precisam ser instalados da forma como a população necessita para a melhoria da qualidade e para o aumento de capacidade das redes. E isso não vêm acontecendo”, declarou Camolesi.
Outro ponto levantado foi a questão da dificuldade de acesso ao serviço. E dessa vez não apenas por falta de antenas instaladas. Em alguns casos os altos tributos cobrados pelos governos impossibilitam que as empresas ofertem serviços com valores mais acessíveis, impedindo a adesão da população de baixa renda.
“Acho que aí temos um ponto de trabalho. Um ponto onde governos federais, municipais e até estaduais precisam se coordenar de tal maneira que algumas coisas, alguns ajustes legais sejam feitos para que a gente possa expandir essa infraestrutura”, finalizou.