Em qualquer serviço gratuito da internet, como as redes sociais, o produto é você. Isso significa seus dados, cliques e tudo mais. Entenda melhor.
Na internet, nada é de graça. Se você acabou de se cadastrar em um serviço gratuito como o Facebook, Instagram e outros, significa que você é o produto de lucro dessas grandes companhias.
Mas como eles ganham dinheiro com o nosso uso de internet? É simples, nossos dados. As gigantes da internet armazenam nossos cliques, curtidas, localizações via GPS, fotos e até dados geográficos para ver em qual público a gente se encaixa.
Tudo isso vira quantidade em um poderoso banco de informações que as empresas vendem para marcas e outras companhias distribuírem anúncios segmentados. Propagandas chegam até você com base na sua idade, os lugares que você frequenta, os produtos que adquire e muito mais.
Mas nossas informações não são utilizadas para fins tão inofensivos como os comerciais. Se é o dinheiro que manda, qualquer empresa pode comprar nossos dados. É aí que mora o problema de tudo.
VIU ISSO?
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Nossas informações pessoais vão parar nas mãos de hackers? Empresas com intenções ruins? O Facebook, por exemplo, é processado por não proteger o login e os dados de 30 milhões de usuários.
A Cambridge Analytica também ilustra os debates, afinal, todos querem saber o que as empresa realmente fazem com os nossos dados. Senadores americanos já lançaram projetos para obrigar as gigantes tecnológicas do país a informarem o que elas fazem com os dados dos usuários, qual a importância deles para elas.
Em meio a isso, surgem outras perguntas: quais são as informações mais valiosas para os anunciantes? Quanto da nossa internet é pago pela publicidade?
Se o nosso desejo fosse internet livre de anunciantes, quanto teríamos que pagar pelos serviços gratuitos? É aqui que a conta nos dá uma resposta.
Empresas como Facebook e Google recebem, em média, US$ 106 bilhões de lucro com anunciantes nos Estados Unidos. Se pegarmos e valor e dividirmos pelo número de adultos no país, a média é de US$ 420 por pessoa, convertidos R$ 1616,66 por ano.
Ou seja, os dados por pessoa são vendidos por, aproximadamente, U$S 34, R$ 134,72.
Você estaria disposto a pagar esse valor como uma assinatura para não ter seus dados expostos e se livrar da publicidade?
Essa não é uma sugestão, apenas uma média levantada pelo portal Recode para entender qual é o real valor dos nossos dados, motivo de tanta polêmica nos EUA.
O cálculo é feito somente com base na venda de anúncios. Na prática, os seus dados podem valer muito mais do que o imaginado.
Com informações do Olhar Digital