Ex-presidente da TIM deve assumir a companhia nos próximos meses. Saiba mais detalhes.
Na última segunda-feira, 1, o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, divulgou que a 7ª Vara da Justiça, por decisão do juiz Fernando Viana, havia autorizado a entrada de Rodrigo Abreu na presidência da Oi.
Horas mais tarde, o Tele.Síntese publicou a confirmação. Ele ocupará o lugar de Eurico Teles, que comandou a companhia durante todo o processo de recuperação judicial.
Abreu, que já faz parte do conselho, estava em desacordo com as decisões da atual presidência sobre os caminhos da Oi. Entre as razões, está a contratação de consultorias que apontariam caminhos alternativos para o futuro da empresa.
O mercado sequer recebeu um comunicado sobre os resultados desse trabalho. Em janeiro, a Oi comunicou que a empresa contratada para a revisão estratégica foi a Boston Consulting Group (BCG).
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De acordo com especulações, a decisão de trabalhar com consultorias não partiu de Teles, sim do Conselho de Administração da companhia.
O novo integrante da companhia já foi presidente da TIM Brasil e esteve à frente da Quod, empresa criada por bancos para análise e controle de cadastros positivos.
Eliezer Carvalho, presidente do conselho da tele, foi quem submeteu o nome de Rodrigo para o juiz Fernando Viana, de acordo com as informações publicadas por Lauro Jardim.
A aprovação do conselho veio em setembro de 2018 e seu nome era cogitado para a presidência desde então, quando Eurico Teles começou a colocar seu cargo à disposição.
Rodrigo Abreu, inclusive, era um integrante do conselho convencido a ter uma visão futura para a Oi e planejar de forma realista quais seriam os novos planos.
Desde 2016, a Oi vive uma das maiores recuperações judiciais do país, com R$ 65,4 bilhões em dívidas. A companhia tem um prazo de 60 dias, concedido pela Anatel, para apresentar um fluxo de caixa consolidado e uma previsão ajustada.
Em janeiro, um aporte de R$ 4 bilhões foi concluído para manter investimentos em FFTH e 4G. A Oi revelou também sobre o planejamento de vender ativos estratégicos para aportar R$ 7 bilhões.
Atualmente, a venda da operação de Angola está perto de ser concluída. A concentração dos diretores atuais deve girar em torno da busca de recursos, a fim de dar uma folga no caixa da empresa.
Rumores controversos apontam também que Eurico Telles só deixaria o cargo quando quisesse, enquanto tudo fosse depender das ações judiciais. Diversos analistas apostaram que o executivo ficaria até fevereiro de 2020, prazo da recuperação judicial.
Mas a real situação é que o executivo largaria o posto em outubro ou novembro deste ano, pois seus bens estão bloqueados, por determinação da justiça, enquanto a recuperação judicial da Oi estiver em andamento.
Com informações do Tele.Síntese e O Globo.