Opção não fez parte do plano estratégico da companhia, mas não foi descartada por Rodrigo Abreu, membro do conselho da empresa.
Na divulgação do plano estratégico da Oi, toda a expectativa era voltada para saber quais seriam os passos da empresa no segmento móvel, campo em que registra perdas por conta da forte atuação e crescimento da concorrência.
As especulações apontavam que a melhor saída seria a venda das operações móveis. Afinal, a empresa não participou do leilão de 700 MHz, o que representa um gap no 4G e terá, no início do ano, o leilão pelo 5G, no qual não confirmou sua participação.
Na áudio-conferência em que divulgou sua nova estratégia, a Oi afirmou que a participação nos dois está sob análise. Entretanto, antes da divulgação, analistas comentaram que a empresa gastaria recursos escassos, caso escolhesse participar.
Questionada sobre o tema, a companhia confirma que a possibilidade existe, mas no momento não está nos planos.
VIU
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Rodrigo Abreu ainda não foi oficializado como presidente da Oi, mas participou da teleconferência como membro de conselho e coordenador da estratégia. Na ocasião, ele se posicionou:
“Nosso plano é maximizar a captura de mercado com desempenho, mas a coisa boa do plano é que ele preserva múltiplas opções indo em diante. Se tiver uma combinação não orgânica para dar valor, sem dúvida será considerada”, disse.
Em seu novo plano, a Oi divulgou que pretende vender ativos não essenciais para a operação da empresa. Assim poderá recuperar seu caixa e obter um lucro estimado em R$ 7 bilhões.
Assim poderá investir no seu produto mais sólido, que é a banda larga. Para o segmento móvel, a empresa enxerga a possibilidade de viabilizar o 5G pela estrutura da fibra e focar nos clientes pós-pagos.
Pelo posicionamento da companhia, é notória uma cautela no tópico sobre a venda da operação móvel. Rodrigo Abreu justificou que ainda é uma parte importante da empresa, pois há ativos valiosos como espectro, base, além da posição de mercado.
Ele cita também o desempenho positivo no último ano e o comprometimento com o 4G e 4.5G, trabalhados no refarming do espectro 1,8 GHz, já que não podem contar com a frequência 700 MHz.
Outros analistas enxergam também a possibilidade de a Oi participar de um compartilhamento de espectro, mas nada foi cogitado pela empresa.
Com informações do Teletime