Plataforma reunirá conteúdos de todos os canais da empresa, incluindo Friends – série que ainda faz enorme sucesso na Netflix, futura concorrente.
De acordo com a Variety, a WarnerMedia divulgou o nome do seu novo serviço streaming: HBO Max. A plataforma terá conteúdos das emissoras americanas TNT, HBO, TBS, Turner, Classic Movies (TCM) e CW, além dos canais de animações: Cartoon Network, Rooster Teeth, Adult Swin, Crunchyroll.
Podemos incluir ainda todo o line-up da Warner Bros., New Line, Looney Tunes, CNN e DC, que se aventurou a ter o seu próprio streaming.
Séries de sucesso como Pretty Little Liars, Um Maluco no Pedaço e Friends também serão exclusivas no catálogo da HBO Max. Essa última, inclusive, é um dos maiores sucessos de maratona na Netflix.
A gigante do streaming já fechou contratos milionários e enfrentou outras gigantes para mantê-la em seu catálogo, mas dessa vez não há quantia que segure a série na Netflix dos Estados Unidos.
VIU ISSO?
– AT&T está disposta a fechar canais no Brasil para não perder SKY
– TV Paga está sentenciada à morte, diz Anatel
– Gisele Bündchen comanda a SKY Play Corp. em filme da operadora
Com o anúncio, a Warner na briga pelo mercado de streaming. Gigantes como Disney e Apple já anunciaram suas plataformas, a primeira com lançamento global agendado, além o Facebook, que também investe com o Facebook Watch.
Os produtores Reese Whitherspoon e Greg Berlanti, responsáveis por sucessos como Big Little Lies, Sharp Objects, The Flash, YOU, Supergirl, Arrow e outras, farão séries exclusivas para a plataforma.
Ainda não há previsão para lançamento do HBO Max no Brasil.
O que isso significa para as operadoras de TV por assinatura? Alerta?
Ao entrar na questão da TV por assinatura, o lançamento pode emitir um sinal de alerta. A AT&T é dona do grupo SKY no Brasil e também a compradora da WarnerMedia.
Com tudo aprovado, a operadora seria dona da SKY e de todos os canais Turner aqui no Brasil. Isso entra em desacordo com as leis brasileiras, que não permitem uma operadora de TV ser dona de uma produtora de conteúdo audiovisual.
Em fevereiro, os técnicos da Anatel pediram que a AT&T concluíssem a venda da SKY em até seis meses. Entretanto, a operadora se defende com o argumento de que toda a transação foi feita nos Estados Unidos e a sede dos estúdios Warner também é situada por lá, não no Brasil.
A lei da TV paga, consolidada em 2011, proíbe a consolidação vertical entre empresas de telecomunicações e produtores/distribuidores de audiovisual.
Segundos fontes do Tele.Síntese, a Ancine apenas defende que a Time Warner é uma programadora com importante atuação no Brasil. Por isso o negócio é vedado.
Em abril, a AT&T foi clara e ameaçou retirar a HBO, CNN e outros da TV paga brasileira, caso não consiga uma decisão favorável da Anatel e Ancine.
Se não puder ser dona dessas empresas, a alternativa é deixa vender conteúdos para TV paga e investir nas transmissões online, via streaming, conforme afirmou Michael Hartman, vice-presidente da AT&T.
Portanto, fica o alerta para as TV pagas brasileiras. O grupo Warner seria um desfalque significativo na grade de canais?
A decisão dos órgãos reguladores poderá sair a qualquer momento, já que é prevista para o segundo semestre de 2019.
Com informações da Folha de S.Paulo, Omelete e Tele.Síntese