Conexão nas regiões rurais é duas vezes pior do que nas áreas urbanas. Confira os resultados do estudo.
A nova pesquisa da OpenSignal trouxe uma outra perspectiva para o cenário da conexão 4G no Brasil. Com dados registrados em mais de um milhão de celulares, a empresa comparou a qualidade e disponibilização da tecnologia em áreas urbanas e rurais no Brasil.
Em um contexto geral, o Brasil se recupera do atraso no 4G em comparação aos outros países da América Latina. Nas últimas análises, por exemplo, a TIM se destacou como a operadora que atinge mais cidades brasileiras com sua conexão.
Entretanto, há ainda uma lacuna na experiência de rede móvel medida no Brasil.
Para a análise, foram utilizados os critérios do IBGE, que classificam os territórios nacionais como urbanos, intermediários e rurais. Em relação a disponibilização de 3G/4G, a corrida entre TIM, Claro e Vivo é acirrada.
As três pontuam acima de 90% nos municípios urbanos. A Vivo leva a melhor nas áreas rurais, com disponibilidade acima de 80%. Nas mesmas regiões, a Oi registrou menos que a metade dos números da Claro e Vivo.
VIU
ISSO?
– Open
Signal: disponibilidade do 4G no RJ aumenta graças aos 700 MHz
– 5G
promete ser 2,7 vezes mais rápido que o 4G
– TIM
tem a melhor cobertura 4G e Claro se destaca na velocidade
Entretanto, se formos considerar o 4G isolado, de acordo com o gráfico, a TIM disponibiliza sua conexão móvel de alta velocidade para 52.9% dos moradores enquanto a Vivo fica com a porcentagem de 41.5%.
Na média geral, as regiões rurais ficam com apenas 41% de sinal 4G contra 75% das áreas urbanas. É um índice que aponta a necessidade de expansão nas cidades mais afastadas das metrópoles.
Isso significa que a disponibilidade da conexão nas cidades é quase duas vezes maior no comparativo com as zonas rurais. Os municípios intermediários ficaram com 79% de disponibilidade do sinal.
Nas grandes cidades, a OpenSignal classifica que o espectro de 700 MHz, que tem maior proveito graças ao desligamento do sinal analógico de TV, tem impactos muito positivos no 4G.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a disponibilidade do sinal saltou de menos de 70% para quase 78% no final de março.
A mais prejudicada é a Oi, que não tem acesso ao espectro. Os baixos resultados da operadora, inclusive, estão atrelados a isso. Mas a empresa ainda pode reverter o cenário se conseguir a licença da banda no leilão agendado para 2020.