Com a tecnologia, o serviço de TV poderá ser implementado pelas antenas do celular. Mudança do cenário pode ser ameaçadora para as teles.
Já não estamos mais tão longe do leilão pelo 5G, agendado para março de 2020 (com possibilidades de atraso. Entretanto, as empresas de telecomunicações ainda parecem resistentes com a novidade. O motivo? A eminente ameaça que a conectividade de quinta geração oferece para a TV por assinatura.
Com a capacidade de transmissão de dados muito maior que a do 4G, não será mais necessário levar conexão de internet às residências via cabo (coaxial ou fibra ótica). O serviço de TV, inclusive, poderá ser implementado pelas antenas de celular.
Junto com a crescente demanda pelo streaming e agora os aplicativos que transmitem canais de TV do catálogo das operadoras pela internet, o cenário é cada vez mais preocupantes para a existência da TV paga.
Por mais que teles defendam publicamente a evolução da conectividade, há uma preocupação e cautela nos bastidores. Todas tentam ganhar tempo até encontrarem o melhor posicionamento diante da mudança.
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A Claro e a SKY possuem a maior fatia do mercado de TV. A primeira lidera com 49%, mas já vem sendo afetada com as novas tecnologias, antes mesmo da chegada do 5G. Recentemente, a empresa reclamou com a Anatel sobre o serviço FOX+, que transmitia canais online e tornava desnecessária uma assinatura de TV paga para acesso ao mesmo conteúdo.
Como as últimas decisões foram favoráveis para a FOX, o imbróglio entre as duas companhias movimenta um debate sobre a transmissão de canais de TV pela internet. Se a vitória for para os produtores de conteúdo, as TVs por assinatura estão com os dias contados.
Leonardo de Morais, presidente da Anatel, quer que o leilão pelo 5G ocorra no fim do primeiro trimestre do ano. Entretanto, as dificuldades técnicas e o atraso na definição de diretrizes podem levar a negociação para julho de 2020.
A grande curiosidade é saber quais serão as exigências para as empresas de telecomunicações. No 4G, por exemplo, foi exigido que as empresas se comprometessem com a cobertura 3G em áreas menos rentáveis do país.
Mas as teles afirmam que podem sofrer com problemas financeiros se o padrão for confirmado e terão que restringir investimentos no 4G.
Com informações do GauchaZH