Receita líquida da operadora apresentou queda de 8,2%. Oi segue otimista com a tendência de melhora.
No último balanço divulgado pela Oi, foi possível observar uma dívida líquida de R$ 12,573 bilhões no encerramento do último trimestre. O valor é 25,5% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
A dívida bruta da operadora chegou em R$ 16,868 bilhões, um aumento de 10,8% no comparativo. O dinheiro de caixa está em R$ 4,3 bilhões, o que significa uma diminuição de 17,4%.
Já na parte da receita líquida total, os números chegaram em 5,091 milhões no segundo trimestre, queda de 8,2% frente ao anual. O semestre teve R$ 10,221 bilhões, diminuição de 8,8%.
Para melhor tradução dos resultados, a operadora destaca que a queda do tráfego de voz impactou todos os segmentos. Entretanto, diversas áreas registraram crescimento, conforme será destacado abaixo.
Em alta
Nos resultados da operadora, o destaque fica com a alta da receita de dados no segmento móvel, o FTTH residencial e TI corporativo. Os três compensaram parcialmente a queda. A Oi visualiza ainda uma tendência de melhora no comparativo mensal.
A fibra ótica, mencionada como a espinha dorsal da nova estratégia da companhia, segue em destaque. De acordo com a empresa, o ritmo segue acima das expectativas.
O mês de julho terminou com 2,8 milhões de home-passed e expectativa de 4,6 milhões ainda em 2019. Para 2021, a meta é ainda mais ambiciosa: 16 milhões.
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Ao todo, a empresa atingiu 291 mil clientes conectados com FTTH. Outro resultado comemorado é o aumenta da receita no pós-pago, de 11,5%, motivado pela simplificação das ofertas para incentivar o movimento de migração dos planos pré-pagos e controle.
A participação do móvel é de 33%, destacada pela Oi como a maior na história da companhia.
Já o B2B evoluiu para a estabilização, conforme foi dito pela empresa na conferência realizada nesta quinta-feira, 15. O comparativo anual foi negativo, mas a Oi enxerga uma melhora clara e consistente na tendência. A receita de TI aumentou 27% e representa 12% da receita anual do corporativo.
O segmento segue como uma das principais áreas para incentivar o aumento e a conversão das estimativas de queda do B2B.
Em baixa
A receita do cobre diminuiu em 1,2% no comparativo anual. A maior queda foi no residencial, o registro foi de 12,1% no trimestre, um total de R$ 1,857 bilhão. No semestral, menos 13,4%, R$ 3,738 bilhões.
Já para o segmento de mobilidade pessoal, houve uma redução de 3,7%. O total ficou em 1,691 bilhão. O B2B, apesar da visão positiva da Oi, teve diminuição de 7% no trimestre.
A queda das receitas impactou diretamente o EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina. A empresa caiu 22% e fechou o período entre abril e junho com R$ 1,218 bilhão.
Se formos analisar desde janeiro, o valor final foi de R$ 2,468 bilhões, uma redução de 21,3%.
De investimento, a companhia depositou R$ 2,061 bilhões nos últimos três meses, cerca de 50,7% a mais, no trimestre e R$ 3,766 bilhões no semestre, 51,7% de aumento. Um movimento natural para a expansão do FTTH e cobertura 4G.
Com isso, o fluxo de caixa operacional de rotina ficou negativo em R$ 571 milhões no semestre. Uma reversão para o resultado positivo de 2018.
Perspectivas Futuras
Na conferência realizada na manhã desta quinta-feira, 15, a companhia mostrou um posicionamento otimista e afirmou enxergar tendências positivas para o futuro.
O planejamento divulgado no último plano estratégico da operadora segue em operação e visto como a melhor alternativa de recuperação.
A fibra ótica segue como um dos principais produtos que vão nortear o atual direcionamento da empresa. Ela vai desempenhar um papel central para atender todas as áreas, inclusive viabilizar a chegada do 5G.
De acordo com o que foi divulgado, a venda de ativos não essenciais deve manter os investimentos da Oi acima de R$ 7 bilhões.
A expansão da fibra é, inclusive, uma estratégia para reverter a queda de receita no residencial, que é afetado pela transição entre o cobre e a fibra. Nas cidades com o FTTH, a tendência já começa a ser revertida e cresceu 1,3% na base.