Operadora perdeu metade do seu valor de mercado em apenas nove dias.
A venda de ativos não estratégicos parecia um plano sólido para a Oi, até o prejuízo da companhia aumentar e a receita diminuir. Com o agrave da situação, alguns dos principais acionistas da operadora, como os fundos de investimento do exterior, já começam a discutir a venda da companhia como um todo.
Em recuperação judicial desde 2016, a empresa já está em tratativa para a saída de seu presidente e de parte da sua diretoria. As fontes garantem que a discussão atual é para saber o momento ideal da venda.
Na atualidade, a Oi segue descapitalizada e se for vendida agora, poderá ser a qualquer preço. Na última segunda-feira, as ações da tele operaram no limite mínimo da bolsa. Os papéis não podem ficar abaixo de R$ 1 por mais 30 dias consecutivos.
Se o pior acontecer, a empresa terá que se enquadrar, independente da negociação de um papel no período, de acordo com o regulamento da bolsa. Se não houver o cumprimento, o papel é retirado do pregão.
VIU
ISSO?
– Acionista
pede saída de CEO da Oi
– Oi
tem nova estratégia para fugir da falência
– Ações
da Oi operam no limite mínimo da bolsa
Além do timing, consultorias e acionistas discutem para entender como a Oi pode ser vendida: por completo ou em fatias. Na segunda opção, poderia ser a venda da operação móvel, que para o presidente da companhia não faz o menor sentido.
Na gestão da empresa, há ainda o período de transição. Eurico Teles, atual presidente e responsável pela recuperação judicial, tem sua saída preparada há meses. O nome mais cotado para substituição é Rodrigo Abreu.
Quinta-feira passada, os resultados da companhia foram divulgados e o saldo final foi negativo. Como consequência, as ações estão em queda desde a data e a empresa perdeu metade do seu valor de mercado em apenas nove dias. A queda de hoje fez com que as ações ficassem em R$ 0,73. É a menor cotação desde 2016.
O planejamento da transição de presidência vinha sendo feito com cautela. Entretanto, A GoldenTree, maior acionista da companhia, informou ao mercado americano que o Conselho de Administração deveria mudar o comando da tele. A iniciativa pode ter atropelado os planos da empresa quanto a isso.
As informações foram fornecidas por uma fonte anônima.
Com informações do Jornal O Globo.