Operadora não pode mais comercializar planos de telefonia na região alta do Vale (RS). Entenda os motivos.
Já pensou depender de uma única operadora para ter telefonia e conexão móvel? Essa é a realidade de vários moradores na região alta do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul. Por lá, algumas regiões são atendidas apenas pelos serviços da Vivo e a qualidade não é das melhores.
Por conta disso, uma liminar, deferida pela 1ª Vara Judicial de Encantado, impediu que a empresa fizesse novos contratos de telefonia na região e também proibiu que ela comercializasse serviços adicionais para clientes.
A decisão surgiu após uma ação civil pública movida por André Prediger, promotor da comarca de Encantado. Nas justificativas, ele diz que o cidadão fazia papel de palhaço com os serviços da operadora.
Até chegar no processo, foram várias reclamações encaminhadas por moradores, vereadores e prefeitos sobre os serviços da Vivo. Há problemas na cobertura de voz e dados (3G e 4G).
“Se a Vivo tivesse feito melhorias há anos, há meses, ou mesmo vindo para a negociação extrajudicial não precisaria do processo. O processo só está aí porque a Vivo presta um mau sinal à região e se excedeu não vindo para o acordo”, complementa Prediger.
VIU
ISSO?
– TIM
e Vivo anunciam compartilhamento de redes 2G e 4G
– Sinal
da Vivo apresenta instabilidade em diversas partes do Brasil
– Usuários
relatam instabilidade nos serviços móveis da Claro
A juíza Jaqueline Bervian acatou o pedido na íntegra. Em vários locais de Encantado, só existe sinal da Vivo. Isso significa que quando os serviços da operadora falham, os moradores ficam incomunicáveis.
Trata-se de uma proibição que vale para toda a Comarca de Encantado e abrange os municípios de Anta Gorda, Doutor Ricardo, Encantado, Muçum, Relvado, Roca Sales e Vespasiano Corrêa.
De acordo com o relato dos moradores, a Vivo oscila na região. Por dia, dá de 30 minutos a uma hora sem sinal.
Em caso de descumprimento da proibição, a operadora terá que pagar uma multa de R$ 50 mil. A empresa tem 30 dias para apresentar um relatório demonstrativo com as providências necessárias para melhorar o sinal da região.
Já a execução deve ser realizada em 60 dias.
O promotor pede ainda a quantia de R$ 1 mil por cliente para entregar aos conselhos comunitários, 20 mil salários mínimos por dano social e danos materiais individuais, quando o consumidor provar que foi prejudicado e solicitar indenização. Questões que ainda serão julgadas.
Com informações do Grupo Independente