Alerta foi feito pelo vice-secretário assistente de Estado dos EUA.
A guerra comercial entre China e Estados Unidos está longe de ter um fim. A fabricante de eletrônicos Huawei, mais uma vez, se tornou um alvo da disputa e o Brasil pode começar a ver as consequências disso na adoção do 5G.
Se as empresas chinesas forem incluídas no implante da rede de quinta geração, os Estados Unidos podem repensar o compartilhamento de dados que mantém com o país. O alerta foi feito por Robert L. Strayer, vice-secretário assistente de Estado dos EUA para comunicações internacionais e cibernéticas.
Na visão dele, todas as companhias da China são obrigadas, por uma lei nacional de segurança, a seguir determinações do Partido Comunista. Por isso, elas não seriam confiáveis para fornecimento de tecnologia e segurança de dados.
Robert explica que a inexistência de um judiciário independente, que possa ser acionado pelas empresas, é a grande diferença entre democracias como Brasil, China e Estados Unidos.
O executivo tem feito viagens pelo mundo inteiro para alertar os países sobre isso.
VIU
ISSO?
– Brasil
recebe alerta dos EUA sobre vulnerabilidade da Huawei
– Briga
da Huawei com os EUA não preocupa a TIM
– China
e Canadá trocam farpas devido ao 5G da Huawei
A Huawei se destaca como a principal fornecedora de equipamentos na adoção do 5G pelo mundo inteiro. A gigante chinesa já esteve presente no teste das operadoras brasileiras e promete ser a principal prestadora para a chegada da nova conexão no país. A companhia nega que seus dispositivos sejam uma ameaça à segurança.
O vice-secretário destaca também o longo histórico de corrupções e roubo de propriedade intelectual da empresa, assim como da ZTE.
Entretanto, analistas de mercado desconfiam que toda essa campanha de difamação contra as chinesas é apenas uma estratégia para liderar na corrida pela adoção do 5G. Os americanos foram os primeiros com o fornecimento do 4G e isso alavancou a economia do país.
A Huawei possui o diferencial de oferecer uma tecnologia melhor e mais barata para a conectividade de quinta geração. Mas será que o Brasil está disposto a comprometer sua relação com os Estados Unidos? O futuro dirá.
Com informações da Folha de S. Paulo e Valor Econômico.