Com valor estimado em R$ 3,45 bilhões, o negócio já tinha sido aprovado pelo Cade; processo tramitava desde março.
Nesta segunda-feira, 30, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou no Diário Oficial da União a autorização para a compra da Nextel pela Claro. O processo foi aprovado pelo Conselho Diretor por unanimidade e foi assinado na última sexta-feira.
Estima-se que o valor da aquisição é de US$ 905 milhões (em torno de R$ 3,45 bilhões, na cotação em março).
Em julho, segundo análise da Superintendência de Competição da Anatel, o negócio não afetaria a posição da Claro no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde estão praticamente todos os clientes da Nextel. Na verdade, a aquisição aumentaria a competitividade com a Vivo, líder atual no mercado.
Apesar da recente aprovação, a Claro terá que cumprir algumas exigências, como a readequação de frequências. Com a compra da Nextel, a Claro teria uma fatia maior de 35% (teto máximo) na faixa dos 850 MHz.
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Além disso, teria que escolher entre os números 21 (Embratel/Claro) e 99 (Nextel) para chamadas de longa distância. Também é preciso eliminar a sobreposição de outorgas na prestação de Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) e Serviço Móvel Pessoal (SMP).
Em 6 de setembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) já tinha aprovado a compra da Nextel. Na visão do órgão, também não há problemas de concorrência no mercado, mesmo com preocupações TIM e da Vivo.
Caso o negócio não tivesse sido aprovado, a Nextel não teria dinheiro para operar em 2020. No segundo trimestre de 2019, a operadora acumulou um prejuízo de US$ 12,15 milhões.