Jack Dorsey teve seu chip clonado e perdeu temporariamente o acesso ao seu perfil no Twitter; o mesmo golpe foi usado para hackear o Telegram de Moro.
Jack Dorsey, CEO e cofundador do Twitter, se tornou o mais novo alvo do golpe chamado de “SIM Swap”, que permite um hacker induzir uma operadora de telefonia a transferir o número para um outro chip. Com a técnica, o fraudador pode ter acesso a redes sociais, contas bancárias e outras informações confidenciais.
Na última sexta-feira, 30, durante 20 minutos, os hackers conseguiram acesso ao perfil no Twitter de Dorsey após enganaram o provedor de serviços móveis a entregar seu número de telefone.
A fraude se utiliza de uma brecha de segurança no processo de autenticação de dois fatores, que envia mensagens SMS para validar o acesso a uma determinada conta.
Eles utilizaram desta vulnerabilidade para postar via SMS mensagens racistas e até mesmo ameaças de bomba no perfil do CEO. As mensagens foram apagadas meia hora depois.
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O Twitter, em nota, depositou a culpa na operadora de telefonia e informou que os seus sistemas não foram comprometidos.
Temporariamente, o recurso de envio de mensagens para a rede social via SMS está bloqueado. As mensagens de celular eram utilizadas para executar várias funções no Twitter, como seguir pessoas, desativar notificações ou retuitar tweets, sem precisar informar uma senha.
No Brasil, o golpe do chip ficou conhecido depois que o celular do ministro Sérgio Moro foi hackeado. Atualmente, a Polícia Federal está investigando se o celular do presidente Jair Bolsonaro também foi clonado.
Segundo levantamento da Kaspersky Lab, o SIM Swap já fez pelo menos 5 mil vítimas no Brasil. Geralmente, os golpistas utilizam a técnica para clonar contatos do WhatsApp e pedir dinheiro emprestado para os conhecidos da vítima.