Operação coordenada tirou do ar a plataforma Xtream Codes; mais de 700 mil pessoas ficaram sem o serviço ilegal de IPTV.
A Xtream Codes, a maior organização de distribuição ilegal de canais televisivos da Europa foi desmantelada por uma operação coordenada entre o gabinete do procurador da República de Roma, a agência de justiça Eurojust e do serviço europeu de polícia (Europol).
A plataforma vendia packs para revenda de canais online chamados de IPTV, um método de transmissão de sinais através de redes IP. O Xtream Codes tinha mais de 5 mil clientes, que distribuíam o serviço para 50 milhões de clientes finais. No momento das buscas, 700 mil usuários estavam conectados.
Os clientes pagavam entre 15 e 59 euros mensais (R$ 69 a R$ 271) para assistir ao conteúdo televisivo.
A operação Maxi envolveu 100 oficiais e está atualmente atuando em toda a Europa. A partir de uma pesquisa técnica foi possível identificar a origem dos sinais. Mais de 200 servidores foram desligados e 150 contas no PayPal foram bloqueadas.
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A intervenção envolveu a Itália, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Bulgária e Grécia. Somente na Itália, estima-se que o negócio movimentava 2 milhões de euros por mês (mais de R$ 9 milhões).
No Brasil, estima-se que a pirataria dos sinais de TV Paga custe R$ 9 bilhões para operadoras, proprietários de conteúdo, setores correlatos e impostos. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) pelo menos 4,2 milhões de brasileiros que acessam plataformas piratas.