Grupo conhecido como Elliott comprou US$ 3,2 bilhões de ações da AT&T. Entenda a influência que isso terá no futuro da operadora.
Más notícias para a SKY! O fundo Elliott, do bilionário norte-americano Paul Singer, adquiriu cerca de US$ 3,2 bilhões em ações da AT&T, operadora americana que comprou recentemente a Time Warner e é dona da SKY no Brasil.
O valor ainda não é suficiente para o grupo se tornar controlador da companhia, mas a intenção que justifica tamanho investimento é obter um assento no conselho de administração, mexer na gestão e traçar uma nova estratégia para acelerar o retorno dos acionistas.
As ações da AT&T atualmente performam abaixo da média, é por isso que o fundo entrou pronto para promover desinvestimentos e entender quais ativos desviam a companhia do seu foco principal, que é o mercado de telefonia e o 5G.
No plano proposto para a operadora, o fundo Elliott tece duras críticas às últimas estratégias de compra, assim como para a gestão.
Para eles, a compra da Time Warner é uma incógnita estratégia já que a AT&T não tem uma explicação racional para justificar o investimento, que movimentou US$ 109 bilhões, em valores atualizados. A esta altura, os benefícios já deviam estar claros, segundo os investidores.
O fundo ressalta que todas as aquisições foram acompanhadas de uma gestão duvidosa de capital humano.
VIU
ISSO?
– AT&T
está disposta a fechar canais no Brasil para não perder SKY
– SKY
muda pacotes de assinantes sem autorização e gera polêmica
– Polêmica:
Ex-CEO diz que sofreu um golpe de quem quer fatiar a TIM
Depois de todas as compras como a DirecTV e Time Warner, a AT&T demitiu comandantes das duas empresas, mesmo sem pessoas com a mesma experiência para assumir as posições.
E como isso afeta a SKY no Brasil? O grupo Elliott defende que a AT&T se desfaça de uma série de ativos que são distrações do foco principal da operadora, que deveria ser o mercado de telecomunicações e o 5G.
Na lista de ativos para venda, eles mencionam o Vrio (controladora da SKY) e outros como a DirecTV.
No mercado de ações, o fundo Elliott é visto como um “abutre”. Amos Genish, ex-CEO da Telecom Itália, dona da TIM, afirma ter sofrido um golpe do grupo, que conspirou para sua demissão assim que assumiu o conselho de administração da marca.
O fundo já tentou até mesmo se tornar controlador da Oi, mas não obteve sucesso.
O apelido de “abutre” surge por conta da série de desavenças que o grupo cria no mercado acionário, com todas as suas investidas para ter uma significativa influência na gestão das empresas.
Em seus planos atuais, o fundo Elliott defende que a AT&T explore toda a sua infraestrutura de telefonia móvel e direcione seus investimentos no 5G para finalmente superar a Verizon no mercado.
No Brasil, a operadora americana não parece nada interessada em se desfazer da SKY. A companhia encontra barreiras para aprovar a aquisição da Time Warner no Brasil, justamente por estar no mercado de TV por assinatura.
A Lei da TV paga impede que uma distribuidora de conteúdo tenha mais de 50% do controle de uma empresa de mídia. Nesse caso, a legislação proíbe que a americana seja dona da SKY, ao mesmo tempo em que controla os canais Warner: HBO, TNT, Cartoon Network, entre outros.
O objetivo é evitar um possível monopólio que não seja prejudicial para a concorrência.
Entretanto, a AT&T segue em uma dura batalha para conseguir uma decisão favorável para si mesma. Os executivos já ameaçaram até mesmo parar de comercializar os canais Warner na TV paga brasileira justamente para não ter que vender a SKY.
Com informações do Tele.Síntese