04/11/2024

Sindicato do Rio cobra reajuste salarial das operadoras

Sinttel-Rio exige da Vivo, Claro e Oi melhores salários e benefícios; trabalhadores aprovaram a proposta da TIM.

Foto: Sinttel-Rio

Em campanha salarial, o Sindicato de Telefonia do Rio de Janeiro (Sinttel-Rio) está realizando diversas rodadas de negociações com as operadoras Vivo, Oi e Claro para atender as reivindicações dos trabalhadores do setor de telefonia.

Com exceção da Oi, a Vivo e Claro tem data-base em 1º de setembro, no entanto, até a presente data, 18, as operadoras não fecharam as negociações salariais.

Entre as reivindicações que o sindicato não abre mão estão o reajuste de salários e benefícios de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acrescido de 5% de ganho real, além de pagamentos realizados na data-base 1º de setembro, manutenção da cesta básica, equiparações, creche extensiva aos homens, o fim dos desvios de função, entre outros.

O sindicato argumentou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou no dia 11 de julho o reajuste nos preços de telefonia para a Telefônica Vivo (4,944%), Claro (6,092%) e Oi (6,052%). Todos esses índices estão acima do INPC acumulado entre setembro de 2018 e agosto de 2019 de 3,28%. Mesmo assim, as operadoras não querem conceder o índice integral na data-base de setembro.

No último dia 12, a Vivo apresentou pela terceira vez a mesma proposta, que vem sendo rejeitada pela comissão nacional de negociações. A operadora oferece reajuste de 2,3% nos salários a ser pago apenas em julho de 2020. O sindicato alega que a proposta é inaceitável, diante do lucro de R$ 9 bilhões da empresa em 2018.

A Claro, em sua primeira rodada de negociações, realizadas em 11 e 12 de setembro, usou boa parte de seu tempo para alegar um cenário de crise, principalmente por perder mercado no setor de TV por Assinatura, o que tem afetando seus resultados financeiros. Uma nova rodada de negociação deve ocorrer no dia 25 de setembro. Além do reajuste nos salários e benefícios, o Sinttel-Rio está exigindo que o vale-alimentação para os trabalhadores do Rio de Janeiro seja igual ao que é pago em São Paulo.

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A Oi possui data-base em 1º de novembro, no entanto, o sindicato agendou para amanhã, 19, o início da campanha salarial. A primeira reivindicação da categoria é alterar a data-base para 1º de setembro, junto com as demais operadoras. Apesar das más notícias, o Sinttel-Rio afirma que a crise na empresa não é financeira, pois ela apresentou receita líquida de mais de 21 bilhões de reais em 2018.

A TIM foi a única que saiu na frente das negociações. A empresa demonstrou flexibilidade e fez uma proposta nos dias 10 e 11 de setembro com base em boa parte das reivindicações dos trabalhadores.

Nesta quarta-feira, 18, por 819 votos favoráveis e 20 contrários, a proposta foi aprovada pelos trabalhadores. Na renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2019-2020 é contemplado um reajuste de 8% para piso de 8 horas em dezembro de 2019, renovação de celulares funcionais, antecipação de 1 salário a título de adiantamento, abono salarial indenizatório, folgas de final de ano compensáveis no banco de horas, além de novos valores nos auxílios creche, alimentação, filho portador de deficiência e funeral.

O Minha Operadora entrou em contato com as operadoras Vivo, Claro e TIM e elas não quiseram comentar sobre as negociações salariais com a Sinttel-Rio.

Em nota, a Oi informou que “todos os itens do último acordo coletivo celebrado com o sindicato estão vigentes e sendo rigorosamente cumpridos. A companhia acrescenta que as próximas negociações para renovação do acordo serão realizadas na data base prevista”.

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