Operadora pretende expandir o TIM Live pela quinta geração da conexão móvel.
Vários indícios apontavam que, além de promover o conceito das cidades digitais e ser uma evolução do 4G, a conectividade de quinta geração poderia também aquecer o mercado de banda larga fixa. Para surpresa de muitos, a aposta não era um “canto da sereia”.
Além das operadoras americanas que já começaram a oferecer opções, a TIM confirmou que o modelo de negócio inicial para a nova geração da conexão móvel é justamente oferecer internet fixa pela tecnologia.
A declaração é do CTO da operadora, Leonardo Capdeville. O executivo esteve presente no lançamento do laboratório 5G de campo no Inatel, em Santa Rita do Sapucaí, cidade que sedia o HackTown 2019.
Ele explica que a ideia é monetizar a banda larga mais veloz que será proporcionada pelo 5G, no móvel e fixo, para recuperar o investimento inicial com a tecnologia.
“O business case, acredito que no primeiro momento, vai ser banda larga no celular e FWA, que é o uso do wireless para atender essencialmente um serviço fixo. Para nós, isso é abrir uma nova oportunidade de entrar numa linha de negócio que ainda é pequena. Hoje temos 600 mil usuários em banda larga fixa”, explicou Leonardo.
No fixo, a proposta é levar conexões com velocidades em linha ou até mais rápidas do que as vistas em pacotes de fibra ótica.
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A banda larga fixa via 5G será uma solução mais moderna e prática do que a oferecida por fibra ótica. Aquela dor de cabeça que é organizar os cabos que ligam o roteador, por exemplo, vão acabar.
Quem não se interessa por um modem móvel e sem fios? Essa vai ser a novidade do Wi-Fi impulsionado pela quinta geração da conectividade. Com essa possibilidade, a operadora terá a oportunidade de ir para regiões que não possuem cobertura de fibra ótica.
Leonardo Capdeville explica também que o 5G é de extrema importância para reduzir o custo do megabit trafegado. Assim o baixo crescimento das receitas será equilibrado, já que a altíssima demanda por dados afeita o setor de telecomunicações.
Entretanto, o executivo alerta que a projeção depende do leilão da Anatel. Se acontecer sem o viés arrecadatório, será mais interessante aos olhos das operadoras. As obrigações devem considerar as maiores necessidades do país no atual momento.
“Vamos ter que investir em espectro. Vamos ter que investir para cumprir obrigações. Depois teremos de construir a rede. Vai faltar dinheiro para a 5G se custo de espectro e obrigações não forem bem dosadas. Se o leilão e obrigações onerarem caixa, o investimento que fizermos na 5G vai para o espaço e nós, Brasil, perdemos uma oportunidade”, comentou.
Com informações do Tele.Síntese