Ao todo, 60% dos smartphones oriundos de contrabando são da fabricante chinesa.
A Xiaomi ganhou o coração dos brasileiros e conquista um espaço cada vez maior no país. Diversos consumidores alegam que a marca oferece qualidade semelhante à das gigantes Apple e Samsung, com preços melhores. Entretanto, há uma diferença gritante entre os preços oficiais e do mercado paralelo.
O encanto pelo valor mais baixo pode fazer com que muitos fiquem sem a assistência técnica para o aparelho e ainda corram o risco de levar uma multa daquelas, de acordo com a regulamentação em vigência.
Sem a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um smartphone pode ter problemas de compatibilidade com a rede móvel (4G) ou até mesmo na telefonia, já que é a agência que realiza todos os testes.
Há uma previsão de que 2,7 milhões de smartphones ilegais desembarquem no Brasil até o fim de 2019. É um crescimento de aproximadamente 415% comparado com o resultado do ano passado.
VIU
ISSO?
– Xiaomi
inova com smartphone 5G e tela nas bordas e traseira
– Primeiro
smartphone compatível com 5G é apresentado pela Xiaomi
– 67%
dos brasileiros não pensam em trocar de smartphone tão cedo
As negociações são todas facilitadas pela internet. De fato, é uma concorrência até desleal contra os lojistas que pagam impostos e oferecem o pós-venda, de acordo com Luiz Cláudio Carneiro, diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
A Xiaomi atua no Brasil em uma parceria com a distribuidora DL. Oficialmente, um aparelho da marca orçado em R$ 2 mil pode valer a metade desse valor em market places irregulares da internet.
Incentivar a prática pode trazer sérios danos a todos os brasileiros. Ao todo, a estimativa é que a evasão fiscal chegue em R$ 2 bilhões até o fim de 2019.
Ações de combate ao contrabando são necessárias e as grandes empresas da internet, responsáveis pelos Market places, podem aplicar filtros para melhorar a questão, de acordo com o representante da Abinee.
O comprador do produto ilegal também pode ser multado e ter o aparelho bloqueado. Os valores assustam e variam de R$ 100 e R$ 3 milhões.
Na compra pela web, é necessário sempre exigir a nota fiscal e questionar a respeito da homologação da Anatel. Com informações do TechTudo