Aplicativo TikTok já é citado como referência por produtores de conteúdo da China.
Muito se discute sobre os veículos autônomos, avanço da inteligência artificial e as cidades inteligentes que vão surgir com todo o crescimento industrial promovido pelo 5G. Mas e o cinema e TV? Também terão impactos com a conectividade de quinta geração? A resposta é sim.
Nos últimos dias, o evento “Chinese American Film and TV’s Festival”, próprio para apresentar produções da China e Estados Unidos, serviu de palco para a discussão em torno do impacto da nova conexão móvel na indústria audiovisual.
Os profissionais presentes falaram sobre como o 5G deve trazer mudanças para a produção e distribuição de conteúdo pelo mundo afora.
Jack Gao, CEO do app de streaming Smart Cinema, explicou que um conteúdo que levava 40 minutos para baixar, levará apenas três graças ao poder da nova conexão. O futuro provavelmente será com maior distribuição via serviços móveis, segundo o executivo.
“Bem-vinda, tecnologia. Quer você goste ou não, (ela) está chegando”, conclui.
A frase do executivo serve como um contraponto ao recente posicionamento de alguns cineastas contra os novos meios de produção, como o próprio vídeo sob demanda. Filmes de grande orçamento são priorizados no cinema, enquanto o streaming passou a abrigar produções mais independentes e de baixo custo.
Martin Scorsese, aclamado cineasta e vencedor do Oscar, recentemente criticou os filmes da Marvel e disse que as salas de cinema se tornaram parque de diversões. Curiosamente, o diretor lançará seu novo filme na Netflix em breve.
Mas, em entrevista, ele afirmou que adoraria estar nas salas de cinema com a sua obra.
VIU
ISSO?
–> Claro
faz holograma em demonstração 5G
–> Oi,
TIM e Vivo estão favoráveis ao adiamento do leilão 5G
–> Netflix
não deve perder hegemonia com a chegada de concorrentes
Entretanto, há uma parte da indústria muito mais preocupada com o alcance que será promovido pelo 5G. Andre Morgan, presidente da produtora Ruddy Morgan Productions, argumentou que conforme a tecnologia evolui, mais amplo será o público.
É a possibilidade de atingir uma parcela muito maior do que se poderia imaginar 30 ou 40 anos atrás.
O fundador da distribuidora japonesa TokyoApp, Stu Levy, explica que a nova conexão móvel também vai moldar a estética e sensibilidade das produções. Como referência, ele cita o TikTok app.
“Se eu fosse um jovem cineasta hoje, o primeiro lugar que eu estaria olhando seria o TikTok”; “É sempre o lugar onde os jovens e seus movimentos são relevantes para a cultura pop”, opinou.
A conclusão é que os debates atuais se concentram entre o preciosismo de antigos cineastas com o modelo de anos atrás, das salas cinemas, contra os executivos e produtores mais empolgados com o alcance que a tecnologia promoverá às obras.
Um produto chinês ou até mesmo brasileiro terá muito mais facilidade para alcançar o mundo inteiro pela distribuição em dispositivos móveis.
O 5G vai potencializar os aplicativos de streaming e isso beneficiará as produções. Antes, tudo tinha que ser resolvido via contrato de distribuição, vendas para emissoras, era um alcance mais limitado.
A própria Netflix consegue estrear séries estrangeiras simultaneamente para mais de 100 países. O que está ameaçado é a hegemonia americana na indústria audiovisual, já que a tecnologia promoverá um alcance muito maior para produções que antes não tinham tanta capacidade de circulação.
Com informações de Tecmundo