Companhia espanhola pretende vender operações na América Latina e lançar novas divisões digitais e de infraestrutura.
Apesar de estar presente em 14 mercados pelo mundo, a Telefônica, controladora da Vivo, anunciou que pretende concentrar seus recursos na Espanha, Reino Unido, Alemanha e Brasil. Os quatro países juntos representam 80% dos recursos da companhia.
O plano da Telefônica é reunir todas as filiais da empresa na América Latina, com exceção do Brasil, em uma única subsidiária independente, para posteriormente vendê-la, levá-la ao mercado de ações ou fazer parceiras.
De acordo com a empresa, a iniciativa se deve a maturação dos mercados e o surgimento de novos concorrentes, o que tem exigido novas estratégias de negócio. Além disso, a instabilidade política, regulatória e cambial em países como Venezuela, Peru, Colômbia e México levaram a essa reviravolta.
A ação foi aprovada pelo conselho da administração da Telefônica, que também inclui a criação da Telefônica Tech. A nova divisão digital deve gerar 2 bilhões de euros (R$ 9,37 bilhões) em receitas até 2022. A ideia é gerar negócios digitais em áreas como cibersegurança, cloud, big data e internet das coisas.
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Também pretende-se abrir uma nova divisão responsável pela infraestrutura de comunicações, a Telefônica Infra, que permitirá gerar diferentes esquemas de participação acionária em ativos da empresa.
Quanto à diretoria da empresa, José María Álvarez-Palette, presidente da Telefônica, confirmou que Christian Gebara permanece como CEO da Vivo, no Brasil.
O novo plano de ação foi considerado como marcante para a companhia, com potencial para transformar a empresa, informou a Telefônica à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).
Com informações de UOL Economia e El País.