Pequenas empresas também deverão eliminar produtos chineses de suas redes.
Com uma decisão unânime, a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês) determinou que a Huawei e a ZTE, ambas da China, são consideradas empresas que promovem riscos à segurança nacional e proibiu que as operadoras rurais usem fundos governamentais para a compra de equipamento das duas companhias.
O órgão foi além e ainda votou a favor da proposta de exigir que as operadoras substituam os equipamentos chineses das redes existentes.
A Huawei chamou a ordem de ilegal e que a decisão se baseava em especulações irracionais e insinuações.
A nova regulamentação é mais um capítulo da novela entre Donald Trump e a Huawei. Em maio, o presidente dos Estados assinou uma ordem executiva impedindo que empresas americanas utilizam equipamentos que representam um risco à segurança do país, o que ele considerou como uma emergência nacional.
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Ainda em maio, o governo Trump também incluiu a Huawei na lista negra comercial, alegando que a empresa é utilizada como uma ferramenta de espionagem e de ataques hackers.
A FCC argumenta que a Huawei e ZTE têm ligações com o governo de Pequim e com militares chineses. Além disso, existem leis na China que exigem que as empresas ajudem o governo em assuntos de inteligência.
A Huawei e a ZTE terão 30 dias para contestar a nova regulamentação. A ordem final para remoção dos equipamentos só deve ocorrer a partir de 2020. Segundo, Geoffrey Starks, que integra a comissão da FCC, pode custar até US$ 2 bilhões (R$ 8,52 bilhões) para substituir todos os equipamentos chineses nas redes dos EUA.
Atualmente, as maiores operadoras do país não utilizam equipamentos das duas empresas chinesas. No entanto, pequenas prestadoras utilizavam dinheiro do Fundo de Serviço Universal (USF, em inglês) da FCC, para comprar equipamentos, inclusive da Huawei e ZTE, para prestar serviços em áreas rurais ou de difícil acesso.
Com informações de Reuters.