02/11/2024

Lucro líquido da Telefônica Vivo reduz 70% em um ano

Operadora cresce na banda larga e pós-pago e a reafirma o foco nos negócios de maior valor.

Divulgação Vivo
Imagem: Divulgação Vivo

Os resultados da Telefônica Vivo (VIVT3 / VIVT4) referentes ao terceiro trimestre de 2019 já foram divulgados. O lucro líquido da marca apresentou uma redução de 69,62% no comparativo com 2018. A redução se deve ao maior pagamento de impostos no período em que os resultados foram coletados.

Para a companhia, a performance está relacionado à menor declaração de Juros sobre Capital Próprio (JSCP). O alcance foi de R$ 965 milhões.

Já na dívida bruta, a marca reduziu 23,8%. Fechou o trimestre com o valor de R$ 4.807 milhões, com exclusão do reconhecimento de passivos decorrentes de arrendamentos, exigidos pelo IFRS 16 (determinante para que todo contrato com indicação de direito de uso de um determinado ativo por um período em troca de pagamento constitui arrendamento).

Na parte positiva, a operadora destaca sua atuação com fibra ótica e telefonia móvel pós-paga. A receita operacional líquida cresceu 2,61%, com um total de R$ 11 bilhões. Já a receita líquida ampliou 6,6%, R$ 7,1 bilhões.

A Telefônica Vivo cresceu 7,3% no pós. São 42.300 acessos e uma representação de 57,3% da base móvel total da empresa. Só no terceiro trimestre, 585 mil adições líquidas foram registradas frente a 496 mil desconexões no pré-pago.

“O desempenho comercial está relacionado ao foco da Companhia em negócios de maior valor, refletido nas desconexões de clientes pré-pagos não rentáveis e migrações de clientes de pré-pago a pós-pago”, explicou a operadora.

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No geral, a receita líquida móvel ficou com 6,6% de crescimento, atribuído à expansão da receita de dados e serviços digitais, assim como a venda de aparelhos e acessórios.

Os acessos de banda larga fixa reduziram 4,7% no comparativo anual, resultado que a operadora atribui às conexões xDSL que foram descontinuadas. Entretanto, a fibra ótica é destaque. A base de clientes FTTH cresceu 43% no terceiro trimestre com 2.332 acessos registrados.

A TV por assinatura também sofreu queda com a decisão da companhia em interromper as vendas da tecnologia DTH. A redução foi de 13,6% no período. Mas, para balancear, uma melhora no mix de clientes foi destacada em decorrência dos acessos de IPTV, que cresceram 27%.

A queda nas receitas de voz resultou na diminuição de 3,9% na telefonia fixa no comparativo com 2018. O resultado é parcialmente compensado pela evolução positiva da banda larga, conforme explica a Telefônica. O maior impulso para as conexões fixas é o aumento da receita de FTTH, com crescimento de 44,5% no comparativo anual.

Os custos operacionais foram elevados em 8,7%, em comparação com 2018 e chegam em R$ 6,506 bilhões. Os dados contábeis consideram efeitos da norma IFRS 16. O avanço é atribuído ao aumento de 32,9% na linha de depreciação e amortização.

Para o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) houve uma queda de 15,1% na base trimestral pró-forma. O valor é de R$ 4 bilhões e margem reduziu 7,7 pontos percentuais, ficou em 36,7%.

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