22/12/2024

SMS é utilizado para combater mortes por tuberculose

Startup utiliza mensagens de texto para melhorar eficácia no tratamento contra a doença.

Foto: Keheala/Reprodução

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um milhão e meio de pessoas morrem todos os anos em decorrência da tuberculose, uma doença curável, mas que muitos pacientes não seguem o tratamento como deveriam. Para resolver o problema, uma startup israelense desenvolveu uma solução que envia mensagens de textos para pacientes, para que eles tomem seus medicamentos corretamente.

Criada em 2014, a empresa Keheala, com sede em Tel Aviv e com escritórios instalados no Quênia, tem o objetivo de melhorar o acesso à saúde e os resultados no tratamento da doença.

Para que alguém seja curado da tuberculose, o recomendado pela OMS é que a pessoa tome quatro remédios antimicrobianos por no mínimo seis meses. No entanto, sem a devida supervisão e apoio, muitos pacientes interrompem o tratamento antes deste período.

A ideia da Keheala, é utilizar o SMS, um recurso tecnológico simples, barato e acessível, para motivar o paciente a tomar o medicamento, bem como receber informações sobre a doença e simplificar o processo de atendimento médico.

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Na prática, o programa envia mensagens de texto lembrando que o paciente tome seus remédios nos horários certos. Ao tomar o medicamento, a pessoa precisa enviar um texto informando a ação. Caso não envie, mais mensagens de texto são enviadas, seguido por telefonemas dos apoiadores da Keheala para verificar a aderência ao tratamento e se ela precisa de alguma coisa. Ao responder, o doente recebe uma mensagem de agradecimento.

“Eles podem receber um ‘push’ via SMS com lembretes para tomar seus remédios, e podem autoverificar se eles tomaram, além de se conectar com apoiadores e mentores”, explicar Jon Rathauser, CEO e fundador da startup.

A empresa utiliza estratégias da psicologia comportamental para incentivar os pacientes cuidarem de si mesmos e de suas comunidades.

Em um estudo realizado pelos pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) com cerca de 1.200 pacientes que utilizam o sistema, em 17 diferentes locais do Quênia, 96% deles alcançaram resultados bem-sucedidos.

Com informações de The Next Web.

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