Abaixo-assinado feito por religiosos contra a produção “A Primeira Tentação de Cristo” já conta com mais de 2 milhões de assinaturas.
O Especial de Natal do Porta dos Fundos para a Netflix deu o que falar. O filme de 45 minutos produzido pelo grupo que nasceu no YouTube apresentou um Jesus gay e a temática foi suficiente para gerar uma onda protestos motivada por religiosos.
No Facebook, um bispo motivou seus seguidores a cancelarem suas assinaturas do serviço enquanto a empresa não removesse a obra do seu catálogo. Até mesmo uma abaixo-assinado surgiu contra o filme “A Primeira Tentação de Cristo”.
A petição online já ultrapassou o número de dois milhões de assinaturas. A polêmica chegou até mesmo no exterior e ganhou uma matéria no tradicional Daily Mail. Entretanto, o efeito parece ser contrário.
O filme se tornou a produção brasileira mais assistida da história da Netflix. A plataforma não costuma divulgar resultados ou qualquer informação sobre audiência, mas o Jornal O Globo garante a informação.
No Twitter, o apresentador e humorista Fabio Porchat, protagonista do filme, respondeu:
VIU
ISSO?
–> Bispos
pedem boicote à Netflix
–> Netflix
divulga total de assinantes por região pela primeira vez
–> Plataforma
permite dividir assinatura da Netflix e semelhantes
O polêmico especial se tornou a atração nacional com melhor desempenho no catálogo e a empresa não se intimidou com os boicotes, pelo contrário, já confirmou a encomenda de um novo para o Natal de 2020.
Até mesmo o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, se uniu aos críticos e afirmou que o filme se recusa a pregar a palavra de Deus. O político se disse a favor da liberdade de expressão, mas questionou se vale a pena atacar a fé de 86% da população.
Um juiz federal, em publicação no Facebook, ameaçou até mesmo processar a Netflix pela veiculação da obra.
No entanto, a companhia nunca se deixou levar por qualquer polêmica. Outras produções já passaram por uma onda de “boicotes”, mas o efeito também foi contrário na audiência. Uma delas é a série Insatiable, julgada como “gordofóbica” e irresponsável na abordagem do bullying, que ganhou uma segunda temporada.
Com informações de Correio 24 Horas