Operadora apresentou um recurso para tentar barrar a compra da Nextel, mas a operação foi aprovada sem restrições pelo Cade.
Tudo indica que o imbróglio que envolvia a compra da Nextel pela Claro chegou ao fim, ou está perto de ter uma resolução final. O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a negociação sem qualquer restrição.
Mas já não haviam feito isso? Sim, porém, a concorrente TIM surgiu com uma “carta na manga” para tentar colocar uma barreira na gigante operação de negócios das telecomunicações brasileiras.
A operadora da Telecom Itália alegou que a compra traria um desequilíbrio para o mercado e a Claro teria um gigante acumulo de espectro em mãos. Com isso, a empresa queria impor um compartilhamento.
Ou seja, para resolver a questão, a TIM sugeriu que a Claro compartilhasse seus espectros, a preço de custo, com as concorrentes que ficassem prejudicadas após a gigante operação.
No entanto, Sérgio Ravagnani, relator do processo no Cade, apresentou um longo voto para rebater argumentos da TIM. O primeiro que ele derrubou foi que a concentração de espectros não pode ser compensada com medidas alternativas, como o leilão de frequências 5G.
“A operação não desperta maiores preocupações. A TIM desconsidera o uso de tecnologias alternativas e, além disso, o mercado deverá passar por diversas operações decorrentes do leilão 5G”, comentou Ravagnani.
VIU
ISSO?
–> Aquisição
da Nextel pela Claro é um golpe e tanto na TIM
–> TIM
quer acesso ao espectro da Nextel adquirido pela Claro
–> Nextel
pode encerrar operações se não for vendida para a Claro
A Claro se comprometeu a devolver parcelas de espectro que ultrapassem 35% da frequência, teto imposto pela Anatel.
Outra questão que pesou contra a iniciativa da TIM foi o fato de que a mesma chegou a negociar a compra da Nextel. A informação foi utilizada por Bárbara Rosenberg, advogada da Claro. Para ela, a empresa tentou “pegar carona” no investimento feito pela concorrência.
Rosenberg explica que se o espectro é um insumo essencial para a marca da Telecom Itália, ela deveria ter comprado mais nos leilões ou adquirido a própria Nextel quando teve a oportunidade.
O futuro da Claro + Nextel
A partir de agora, se tudo ocorrer como o esperado na compra, a Claro vai aumentar sua presença no Rio de Janeiro e São Paulo, locais onde a Nextel possuía maior presença, e diluir a marca em suas operações.
Em março, a operadora da América Móvil desembolsou US$ 905 milhões (R$ 3,47 bilhões) para adquirir a Nextel, da NII Holdings.
Com informações de Estadão