Decisão visa evitar novos atrasos no leilão da conexão móvel de quinta geração no Brasil.
Enquanto a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adiou para o ano que vem a discussão sobre a convivência entre a rede 5G e a TV via satélite, o governo já tem uma decisão formada e deve ser publicada em janeiro de 2020, por meio de portaria.
Segundo Vitor Menezes, secretário de telecomunicações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o 5G no Brasil utilizará a faixa de 3,5 GHz, a mesma utilizada pelas emissoras de TV aberta via satélite.
A convivência é hoje um dos maiores entraves do leilão do 5G no Brasil, pois a nova conexão móvel poderia gerar interferência no sinal das TVs, alterando a imagem e perdendo a nitidez.
“Não podíamos esperar mais e colocar em risco o cronograma do leilão. Além disso, já contávamos com as informações necessárias para direcionar o trabalho da Anatel”, afirmou Menezes.
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O documento com a decisão está sendo analisado pela consultoria jurídica do ministério, antes de seguir para o ministro Marcos Pontes.
Em muitas regiões do país, as antenas parabólicas são as únicas opções para que a população tenha acesso ao sinal de TV aberta.
Segundo estudo do SindiTelebrasil, as despesas para migrar as bandas poderiam chegar a R$ 7,7 bilhões. Já a utilização de equipamentos para reduzir a interferência nas antenas parabólicas seria mais baixo, em torno de R$ 455,7 milhões.
Previsto anteriormente para março de 2020, o leilão do 5G segue sem data para ocorrer, devido a questões burocráticas para finalizar o edital de licitação.
Com informações de Valor Econômico.
