De acordo com analistas, diminuição do número de clientes da plataforma pode ultrapassar quatro milhões.
Ao que tudo indica, a proliferação dos serviços de streaming terá sim consequências para a Netflix (BVMF: NFLX34) e elas serão significativas. De acordo com Laura Martin, analista da Needham & Company, a plataforma pode perder mais de quatro milhões de assinantes só nos Estados Unidos.
O motivo é a forte concorrência que está por vir, com preços mais competitivos. O plano mais barato da maior plataforma de filmes e séries do mundo custa US$ 8,99, preço do Amazon Prime Vídeo (BVMF: AMZO34). O Disney+ (BVMF: DISB34) chegou com o custo de US$ 6,99.
Outro fator prejudicial para a Netflix é fato de que os estúdios enxugam, cada vez mais, o acervo do streaming em prol dos seus próprios aplicativos. Isso significa que, muito em breve, a gigante terá que sobreviver das suas próprias produções originais.
A análise da Needham & Company já prevê alternativas para a Netflix driblar a chegada da concorrência. Uma delas pode ser a inclusão de anúncios, prática nunca cogitada ou desejada pela companhia.
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Será que a inserção de seis a oito minutos de propaganda não pode assustar os clientes? É muito provável que sim, mas a consequência seria positiva. Afinal, a marca teria a possibilidade de diminuir o custo das assinaturas.
Comerciais poderiam gerar descontos de US$ 5 nos planos e fazer com que a Netflix ofertasse preços mais baratos que os da concorrência.
Valores mais acessíveis podem atrair usuários de baixa renda ou até os que burlam os termos de uso para compartilhar senhas e dividir o pagamento no fim do mês. Entretanto, a opção mais cara, livre de anúncios, deve permanecer disponível.
Caso venha a perder assinantes, até mesmo as ações da Netflix poderão sofrer com impactos negativos. No segundo trimestre de 2019, a plataforma perdeu 126 mil assinantes e viu suas ações caírem 10% em apenas 24 horas após a divulgação.
No comparativo com Facebook (BVMF: FBOK34), Apple BVMF: AAPL34, Amazon e Google (BVMF: GOGL34), a ação da Netflix foi a que menos valorizou em 2019.
Com informações de InfoMoney