Demissões em massa na Serede chamaram a atenção do Sindicato de Telefonia do Rio de Janeiro (Sinttel-Rio).
Na semana passada, o Minha Operadora noticiou sobre mais uma empresa afetada pela crise da Oi: a Serede Telecomunicações. A companhia passa uma severa crise financeira e demitiu cerca de 10% do seu quadro de funcionários.
O número de demissões passou de 700 para 800 desde que as mudanças foram divulgadas pela última vez. Os cortes ocorrem na sede da empresa no Rio de Janeiro.
Diversos indícios apontam que a crise da Oi, em recuperação judicial desde 2016 e com registros negativos no caixa, pode ter agravado a situação da Serede, que é uma das maiores prestadoras de serviços para a operadora.
A empresa trabalha diretamente com instalação e manutenção de redes e os cortes afetaram essa área, ou seja, o atendimento à população pode ser afetado.
O alto número de demissões despertou um alerta no Sinttel-Rio (Sindicato de Telefonia do Rio de Janeiro), mas a nova legislação dificultou a negociação com a empresa.
Pois a reforma da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) retirou a exigência de uma negociação prévia com os Sindicatos para casos de demissões em massa como esse.
VIU
ISSO?
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de serviços da Oi demite em massa
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Contax foi vítima de crise da Oi
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vende suas ações da Unitel
Mas isso não significa impedimento para qualquer ação. Francisco Izidoro, presidente do Sinttel-Rio, explica que a associação pressiona a empresa para que ela faça negociações com os colaboradores.
E nessa parte, há vitórias. O Sindicato conseguiu negociar pelas pessoas com licença-maternidade, pré-entrada no pedido de aposentadoria e problemas de saúde ocasionados pela atividade laboral.
Em caso de novas contratações, o Sinttel conseguiu a garantia da empresa de que dará prioridade para o grupo que foi demitido. Para isso, está sendo constituído um banco de profissionais que aguardam a recolocação.
Até mesmo cursos foram garantidos para que os profissionais possam aumentar o campo de atuação e começar a trabalhar com fibra ótica.
No entanto, outra questão delicada para os trabalhadores demitidos é o financiamento dos veículos adquiridos justamente para execução do trabalho na Serede.
A empresa pagava um aluguel mensal para o funcionário agregar o veículo ao serviço. Agora, muitos foram demitidos e não sabem como vão terminar de pagar a dívida com a compra do automóvel.
Com informações de Brasil de Fato