Início dos trabalhos com a nova tecnologia demanda um esforço conjunto da indústria, governos e organizações.
Mesmo com o 5G atrasado, há profissionais da Anatel e do Ministério da Ciência e Tecnologia que já estudam o protocolo 6G da telefonia celular, de acordo com o colunista Pedro Doria.
O início dos trabalhos é exatamente como foi com o 5G, um esforço conjunto da indústria, governos e organizações. Mas a informação pode soar estranha para quem acompanha todo o imbróglio que envolve o início da operação da nova conexão móvel.
Na prática, a Anatel só precisa agilizar as definições do edital e leiloar as faixas de frequências para as operadoras. Depois disso, as empresas poderão começar a venda dos serviços com a nova conectividade.
Os bastidores da agência mostram que há divergência entre relatores e conselheiros a respeito do edital. Enquanto alguns querem priorizar as grandes teles do mercado, outros gostariam de favorecer novos entrantes.
O Planalto também entrou para influenciar na decisão, mas Marcos Pontes, ministro da Ciência e Tecnologia, já comunicou que a conexão só deve chegar em 2022.
VIU
ISSO?
–> Marcos
Pontes joga 5G para 2022 em nova previsão
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não vai restringir tecnologia chinesa, diz Marcos Pontes
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da TIM ultrapassa velocidade de 2 Gigabit por segundo
Ele também aguarda por informações da Anatel, especialmente sobre a possível interferência do sinal 5G nas antenas parabólicas de TV. Um novo estudo sobre a questão foi encomendado.
Mas a análise ocorre na agência há dois anos e sem qualquer conclusão. O colunista aponta para a questão lógica da situação.
A conectividade de quinta geração vai funcionar nas frequências que vão de 700 MHz a 3,5 GHz. A última, mais potente, é a que estará próxima do sinal das antenas parabólicas e pode provocar a interferência do sinal.
A mais alta tem capacidade para carregar muitas conexões simultâneas. Já a mais baixa tem maior expansão do sinal, mas não comporta tantos aparelhos ligados ao mesmo tempo, ou seja, será utilizada nas cidades pequenas, de interior.
São essas regiões que ainda não são cabeadas e contam com TV via parabólica. A conclusão é que o celular que pode interromper o sinal televisivo estará longe das áreas que em que o sinal é mais utilizado.
Com informações de O Globo