Operadora começa a testar o modelo em que o cliente monta o seu próprio pacote de canais.
Nos Estados Unidos, a guerra dos serviços de streaming já está provocando mudanças no modelo de negócios das operadoras de TV por assinatura. A Verizon, por exemplo, já está permitindo que o cliente monte o seu próprio pacote de canais.
Assim como ocorre no Brasil, a operadora americana vendia pacotes de telefonia, internet e TV separadamente, mas os clientes optavam por combos, além de contratos com fidelidade, para obter os melhores preços.
No entanto, com a mudança do mercado do entretenimento, o consumidor moderno está querendo pagar apenas por aquilo que consome.
Por isso, nesta quinta-feira, 9, a Verizon anunciou que pretende extinguir contratos anuais, cortar taxas extras e permitir que os usuários possam personalizar pacote de TV, escolhendo seus canais favoritos. No entanto, o preço da personalização ainda é caro.
Entre as novas opções, o cliente pode escolher 5 canais favoritos e deixar a Verizon definir outros 100 canais, baseado nos interesses do usuário. O custo do pacote customizado é de US$ 50 (R$ 204,23) por mês, mais US$ 12 (R$ 49,01) mensais do aluguel do decodificador.
Outra opção é assinar o serviço de streaming do YouTube por US$ 50 por mês e obter 70 canais de TV ao vivo.
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Agora, se o consumidor quer um pacote de TV paga tradicional, ele paga a mensalidade de US$ 70 (R$ 285,92) que inclui 300 canais ou US$ 90 (R$ 367,61) para ter 425 canais. Nestes pacotes, o preço do receptor já está incluso.
O serviço de telefone fixo pode ser adicionado a qualquer um dos pacotes por US$ 20 (R$ 81,69) por mês.
Já a internet banda larga fixa está disponível em três velocidades: 100 Mbps por US$ 39,99 (R$ 163,34), 300 Mbps por US$ 59,99 (R$ 244,66) ou a conexão gigabit por US$ 79,99 (R$ 326,36).
Assim, o novo modelo permite que os clientes combinem planos de TV, internet e telefonia como preferirem. A novidade visa impedir que os usuários fujam da TV a cabo tradicional para serviços de streaming, mais baratos e que não prendem os consumidores em contratos.
É provável que essa tendência ganhe força a partir de 2020, nos Estados Unidos — assim como em outras partes do mundo —, conforme aumenta a concorrência dos serviços de streaming.
Com informações de CNET.