Companhia pediu autorização ao órgão regulador dos Estados Unidos para realizar manobra de emergência.
A DirecTV, controlada pelo grupo AT&T, solicitou nesta semana à FCC (Comissão Federal de Comunicações, dos Estados Unidos, na sigla em inglês) permissão para retirar de sua órbita o Spaceway-1. O motivo é que o aparelho está prestes a explodir, o que poderia afetar outros satélites e até provocar um apagão nas telecomunicações.
O problema teria começado em dezembro de 2019, quando uma anomalia inexplicável resultou em danos térmicos significativos e irreversíveis nas baterias do satélite. As células afetadas não podem ser isoladas das demais.
Atualmente, o Spaceway-1 funciona tendo como fonte os seus painéis solares, no entanto, quando sua órbita o levar a passar pela sombra da Terra, previsto para acontecer em 25 de fevereiro, ele deverá utilizar as baterias, o que poderia gerar um risco potencial de explosão.
A ideia é elevar a altitude do satélite em 300 km, acima do arco geoestacionário, região orbital em que estão a maioria dos grandes satélites de comunicação do mundo.
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Antes disso, pretende-se descarregar o seu combustível para reduzir as chances de um acidente espacial. O problema é que esse procedimento, que deveria acontecer em um prazo de 2 e 3 meses, terá que ser feito em menos de 30 dias. O satélite tinha combustível para funcionar até 2025. A DirecTV disse à FCC que não terá tempo para esgotar todo o combustível antes de descartá-lo.
O Spaceway-1, construído pela Boeing e operado pela Intelsat, está em órbita há 15 anos, 3 anos além de sua expectativa de vida útil. Até dezembro, ele era utilizado como um backup para fornecer sinal de televisão na banda Ka para os clientes que vivem no Alasca, nos Estados Unidos.
Em comunicado à imprensa, a AT&T disse que substituirá o satélite por outro de sua frota. “Não prevemos nenhum impacto no serviço ao consumidor ao aposentá-lo”, disse o conglomerado.
Com informações de CNBC e Space News.