Último auge da TV paga foi em 2014, quando atingiu a marca de 20 milhões de assinantes devido a Copa do Mundo no Brasil.
Não é mais novidade que a TV paga no Brasil segue em declínio. É a primeira vez que o setor encerra um ano abaixo dos 16 milhões de assinantes, conforme os números que foram divulgados pela Anatel.
Ainda falta dezembro, mas é muito provável que a TV por assinatura registre outra queda. Novembro encerrou com 15.922.900 clientes do serviço, quinto ano consecutivo que o segmento registra perda de assinantes.
Para completar a crise, tem a audiência. Afinal, quanto menos contratos, menor é a audiência dos canais. O ibope da TV fechada caiu em aproximadamente 10% no ano de 2019.
A porcentagem é a mesma registrada no número da base de assinantes, que também reduziu em 10%. A perda do ano passado ficou estimada em 1,59 milhão.
Há vários fatores que podem ter desencadeado a crise da TV paga. Um deles é a chegada do sinal digital no Brasil, já que agora os consumidores não precisam de uma assinatura para ter os canais abertos em HD.
VIU
ISSO?
–> Claro
acredita que a economia tem culpa pela queda da TV paga
–> Streaming
pode matar a TV por assinatura em 2020?
–> Valor
do Pay-per-view do BBB 20 cai drasticamente
Por muitos anos, a TV por assinatura ganhou clientes que queriam apenas um sinal melhor de televisão, já que o analógico era considerado como péssimo em algumas regiões.
O streaming também se tornou uma grande concorrência. Afinal, muitos adotaram modelos de Smart TVs e optaram pelo conteúdo sob demanda oferecido por serviços como a Netflix e disponibilizados por um valor menor que R$ 50 mensais.
Há também a crise econômica, já atribuída pela Claro como grande desencadeadora da redução no número de assinantes. Segundo a operadora, muitos consumidores tiveram que escolher entre ter banda larga fixa, TV paga ou linha móvel.
Quais estratégias podemos esperar das operadoras para conter a evasão?
Há muitas ofertas e serviços inclusos nos pacotes atuais, mas é um momento preocupante para o setor.
Com informações de Ricardo Feltrin (UOL)