Agência reguladora quer saber quem utiliza produtos fabricados na China.
Nesta quarta-feira, 26, a Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, abriu um chamamento para que as empresas telefônicas do país relatem o uso de equipamentos e serviços da Huawei e ZTE, empresas chinesas acusadas pelo governo de Donald Trump de apresentarem risco de espionagem.
A ação é mais um capítulo da disputa entre os EUA e a China em torno da inovação tecnológica do 5G. O mapeamento da participação chinesa na infraestrutura de telefonia americana visa quantificar quanto investimento seria necessário para fazer a completa substituição dos produtos de empresas que são consideradas como uma “ameaça à segurança nacional”.
A ideia é gerar um programa governamental de reembolso e definir maneiras de como garantir uma transição suave.
Autoridades, diplomatas e legisladores dos Estados Unidos alegam que as empresas chinesas são instrumentos de espionagem do governo de Pequim, algo que é negado pelas fabricantes da China.
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O problema é que os equipamentos das chinesas são mais baratos do que os das empresas concorrentes e são bastante populares, principalmente, em empresas rurais americanas, que recebem subsídios do governo.
Esses pequenos provedores de telecomunicações têm até 22 de abril para reportar a utilização de infraestrutura da Huawei e ZTE. Desde novembro do ano passado, eles estão proibidos de importar equipamentos da China.
A agência regulatória está, até mesmo, propondo a remoção imediata dos produtos da infraestrutura de rede que são considerados como uma ameaça.
A “Rural Wireless Association”, em recente comunicado, afirmou à FCC que se as pequenas operadoras continuarem a ser impedidas de comprar produtos das fabricantes chinesas elas seriam forçadas a encerrar o serviço de telefonia em alguns mercados.
Com informações de Engadget e The Japan Times.