Gigante chinesa diz que economia brasileira corre o risco de perder competitividade.
Carlos Roseiro, diretor de soluções integradas da Huawei para o Brasil, disse que o atraso no leilão do 5G no país é uma ameaça para a economia local, pois se corre o risco dela se tornar menos competitiva.
Anteriormente agendado para março, o leilão do 5G no Brasil foi adiado para o segundo semestre de 2020, devido preocupações com a interferência de frequências nas transmissões de TV via satélite, além de incertezas sobre as regras do edital. Analistas acreditam que podem ocorrer novos adiamentos.
Segundo o executivo, se o leilão ocorrer no segundo semestre, o Brasil ainda é capaz de acompanhar os outros países que já possuem suas redes 5G. No entanto, se houver um novo adiamento, a situação pode ficar preocupante para o país.
“Nós vemos isso de maneira muito realista e nos adaptamos ao que temos, mas a economia pode se tornar menos competitiva no médio prazo se o leilão for adiado mais uma vez”, afirmou ele.
VIU ISSO?
–> Publicada portaria com diretrizes para o leilão do 5G no Brasil
–> Emissoras de TV e operadoras chegam a um acordo sobre o 5G
–> Brasil foi o país que mais testou 5G em 2019
Apesar do lobby do governo de Donald Trump, espera-se que a Huawei acabe assumindo a liderança na implantação do 5G na América Latina. A empresa chinesa possui os equipamentos mais avançados e mais baratos do mercado.
Mesmo com o alinhamento com o governo dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro não demonstrou nenhum sinal que pretende barrar a entrada de equipamentos chineses na infraestrutura 5G do Brasil.
De acordo com Roseiro, levaria, pelo menos, seis meses para implantar uma rede 5G no país.
Recentemente, a Huawei anunciou que pretende investir US$ 800 milhões (R$ 3,4 bilhões) no estado de São Paulo até 2022, para aumentar sua presença na América Latina.
Com informações de Reuters.