‘Não vamos misturar as coisas’, disse ele em entrevista.
Nesta segunda-feira, 17, durante entrevista para a Reuters, Leonardo de Morais, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), afirmou que a participação de empresas chinesas, como o Huawei, na infraestrutura de rede 5G no país será decidido pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Questionado sobre o assunto, ele afirmou: “Não vamos misturar as coisas”. Segundo Leonardo, a Anatel está focada no momento na disponibilização das frequências para as operadoras e não no hardware que elas utilizarão.
As preocupações com segurança cibernética vão além das redes de telecomunicações, tendo implicações diversas áreas, que vão do financeiro à agricultura. Por isso, o presidente da Anatel afirma que o único que tem competência para tratar do assunto é o general Augusto Heleno, que comanda o GSI.
Por enquanto, ainda não está claro a opinião de Jair Bolsonaro sobre a Huawei, acusada de espionagem pelo governo de Donald Trump. Apesar do seu alinhamento com os Estados Unidos, o presidente brasileiro ainda não fez nenhuma declaração de que poderia banir a gigante chinesa no Brasil.
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Já o filho do Jair Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, disse recentemente ao Jornal O Globo que a presença da Huawei na rede 5G poderia afetar as relações militares entre o Brasil e os Estados Unidos.
Por outro lado, as operadoras fazem lobby para que elas tenham autonomia para escolher os seus fornecedores. Atualmente, as redes brasileiras de telefonia móvel utilizam uma combinação de produtos da Huawei, Nokia e Ericsson.
Nesta semana, a Anatel liberou a consulta pública para o edital do 5G. O leilão deve ocorrer em novembro ou dezembro deste ano.
Com informações de Reuters.
