Ele firmava acordos com empresa de telefonia que é atualmente controlada pela Oi.
Nesta terça-feira, 3, a Polícia Civil gaúcha cumpriu quatro mandados de apreensão em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, em uma operação que investiga um advogado suspeito de desviar mais de R$ 4 milhões de clientes de uma operadora de telefonia.
A empresa em questão é a extinta Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT), atualmente controlada pela Oi.
De acordo com o delegado Diogo Ferreira, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), em Passo Fundo (RS), o advogado era contratado por clientes para processar judicialmente a antiga empresa de telefonia.
Durante o processo, o advogado realizava acordos com a companhia, sacava os valores e não repassava para os clientes lesados. Quando havia o repasse para os consumidores, o valor era menor que o definido em decisões judiciais.
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A investigação aponta que pelo menos 15 pessoas foram vítimas do advogado, mas a Draco acredita que o número possa ser maior. Se comprovado o crime, ele poderá ser indiciado por apropriação indébita, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Já a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pode puni-lo com advertência e até a sua expulsão.
A defesa do advogado disse que pretende “contribuir naquilo que for necessário para a elucidação dos fatos” e que “o investigado sempre atendeu aos chamados da Justiça Pública, tendo, aliás, sido absolvido em diversos processos”.
Com informações de GaúchaZH.