Redes já podem estar enfrentando os efeitos do aumento na demanda de internet por conta da pandemia de Covid-19
Apesar da orientação governamental para que as pessoas evitem sair de casa e que as empresas adotem o teletrabalho, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) afirma que o consumo de internet no Brasil ainda não apresentou uma mudança significativa. Entretanto, a entidade se diz preocupada com as cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Segundo Milton Kaoru Kashiwakura, diretor de projetos especiais e de desenvolvimento do NIC.br, foi identificado que as duas capitais tiveram um crescimento na perda de pacotes, o que poderia sinalizar que as redes já estão com dificuldades para atender o aumento na demanda de internet.
“Por enquanto, pode ser apenas um problema pontual… Se isso se mantiver nos próximos dias é sinal de que está faltando banda”, disse Milton.
O diretor do NIC.br afirma que a pandemia de coronavírus tem gerado um aumento de tráfego de internet no Brasil durante o dia, mas que o pico de utilização continua sendo às 22h.
Milton acredita que é cedo para tirar conclusões, mas ele considera que o consumo de internet em um escritório não é muito diferente daquele que está na modalidade home-office. A diferença na demanda poderia ser provocada pelo aumento de crianças em casa.
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As redes já vêm registrando um forte crescimento no acesso à internet nos últimos meses, muito antes da epidemia da Covid-19. No final do ano passado, o tráfego era de 8 Tbps por dia. Em janeiro, o país registrou 9 Tbps. Nos próximos dias, é esperado que o Brasil alcance o recorde de 10 Tbps diários.
Um dado positivo é que tem ocorrido uma maior distribuição do tráfego de internet, com crescimento no Rio de Janeiro e em Fortaleza. Também há mais investimentos em Manaus.
Porém, é necessária uma atenção quando se fala em capilaridade, principalmente em bairros que apresentam internet com baixa velocidade, onde o padrão é de 5 a 10 Mbps. Um aumento de demanda poderia gerar problemas de conectividade para essa população.
Com informações de Associação Brasileira de Internet.