Caso pico supere 150% as redes das operadoras podem ser comprometidas.
Em apenas três dias de quarentena para combater a disseminação do novo coronavírus, as operadoras já registraram um aumento médio de 40% no consumo de internet banda larga fixa em suas redes.
A preocupação é que se esse consumo subir entre 150% e 200% poderá ocorrer uma falência das redes de comunicação.
Diferente do consumo habitual, em que as pessoas utilizam a internet domiciliar pela manhã, antes de sair de casa, ou à noite, quando retornam, as operadoras Vivo, Claro, TIM e Oi vem registrando especificamente ao longo do dia picos de consumo até 15% maiores.
Normalmente, a ociosidade da rede residencial fica na ordem de 80%, quando as crianças estão nas escolas e os pais no trabalho.
Enquanto o número de pessoas em quarentena aumenta, os governadores dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas e Goiás, além do Distrito Federal, tem exigido das operadoras um serviço de banda larga mais potente e exclusivo para as escolas públicas e privadas, para que as aulas possam ser realizadas por meio de videoconferência. Tal movimento cria mais tráfego na internet fixa residencial.
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Entidades, como o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) dizem que ainda é cedo para tirar conclusões, mas que é preciso medidas preventivas para conseguir atender o crescimento na demanda.
O aumento do consumo em cidades do Belo Horizonte e no Rio de Janeiro já tem gerado problemas de conexão, o que eleva a preocupação de uma possível sobrecarga de rede.
Na Itália, por exemplo, país que está em quarentena há mais tempo que o Brasil, o consumo de banda larga fixa dobrou e de internet móvel subiu 30%.
Com informações de Folha de São Paulo.