22/12/2024

Entenda como o COVID-19 deve afetar as operadoras

Será que a competição fica de lado para garantia da conexão de todos os brasileiros?

Ilustração - Torre
Imagem: Pexels

Em meio a todo esse momento de pandemia gerado pelo novo coronavírus, é correto afirmar que os serviços de telecomunicações nunca estiveram tão valorizados. Principalmente depois de terem sido considerados como “essenciais” para o país na atual situação.

Christian Gebara, presidente da Telefônica no Brasil, controladora da Vivo, se sente feliz com o reconhecimento. Rodrigo Abreu, CEO da Oi, compartilha do mesmo sentimento, mas isso não significa sucesso absoluto para as receitas.

A demanda, obviamente, só cresce. Trabalho, educação e entretenimento estão concentrados exclusivamente na web a partir de agora, com todos reclusos em suas residências.

Mas o aumento do consumo não deve gerar uma ampliação de lucros. As pessoas utilizam até mais da capacidade contratada e isso não altera a receita que elas geram.

É importante considerar também que as lojas das operadoras estão fechadas, incapazes de vender serviços e aparelhos. Pontos físicos de recarga para telefonia também estão temporariamente sem funcionamento.

São fatores que pesam no aumento da demanda dos serviços de nuvem e utilização dos equipamentos responsáveis pela conexão de todos os brasileiros, conforme destaca Gebara.

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O líder da Telefônica Brasil utiliza a Espanha como exemplo. Por lá, o uso aumentou em 50% e o Brasil pode seguir pelo mesmo caminho.

Uma questão que também gera incerteza é o efeito da possível crise no índice de inadimplência dos consumidores e quanto tempo tudo isso vai durar.

Rodrigo Abreu, à frente da Oi, destaca o aumento das contratações, mas ainda não consegue fazer qualquer previsão se esse crescimento terá um efeito líquido relevante. Afinal, comércio e turismo estão parados e os efeitos serão sentidos.

No entanto, apesar da preocupação com o fato de que receita e lucro podem não necessariamente acompanhar o uso crescente, os dois executivos estão empenhados em garantir a conexão dos brasileiros.

Abreu, inclusive, destaca que a competição fica de lado nesse momento. Se um ficar com problemas na rede, será uma questão para todo o setor. Todos devem se ajudar em prol dos brasileiros.

As duas empresas acompanham todo o cenário e movimentam debates por meio de um comitê de crise.

Recentemente, empresas como o Grupo Globo e o YouTube optaram por reduzirem a qualidade de transmissão de vídeos para não sobrecarregar a infraestrutura das operadoras brasileiras.

Com informações de EXAME

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