Edital para a conexão de quinta geração no Brasil ainda está em consulta pública.
Nesta quinta-feira, 5, a Eutelsat propôs uma alternativa para o problema da interferência do 5G nas transmissões televisivas que utilizam a banda C tradicional (faixa de 3,7-4,2 GHz). A ideia da operadora é que as radiodifusoras migrem seus sinais para uma nova frequência e também de satélite.
Ao substituir seus equipamentos, as empresas de telecomunicações poderiam usar a chamada “banda C planejada”, na faixa de 4,5-4,8 GHz, liberando a frequência de 3,5 GHz para ser utilizada no 5G.
Puxando a sardinha para seu lado, a Eutelsat sugeriu a migração das transmissões do país para o seu satélite Eutelsat 65 West A, que opera justamente na faixa de 4,5-4,8 GHz. Lançado em 2016, as empresas de mídia precisariam fazer apenas algumas adaptações de hardware e reapontar suas antenas para o artefato da empresa em órbita.
Atualmente, a maioria dos canais brasileiros utilizam o satélite Star One C2, controlado pela Embratel, para distribuir seus sinais. São 27 redes de TV com quase 600 emissoras em todo o país que tem alta probabilidade de interferência em suas transmissões, quando o 5G for ativado de fato no Brasil, lesando os consumidores que ainda dependem de antenas parabólicas para ter acesso à TV aberta.
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“Migrar para o Eutelsat 65WA significa para emissoras, como Globo, Bandeirantes, SBT, Record e suas afiliadas, a certeza de não ter preocupação futura com interferências do 5G nos seus sinais”, disse Rodrigo Campos, presidente da Eutelsat.
Em 17 de fevereiro, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu — com prazo de 45 dias — consulta pública para edital do leilão do 5G, que deve ocorrer no final deste ano. Entre as soluções propostas pelo órgão regulador para o problema da banda C estão a instalação de filtros em antenas parabólicas (a solução mais barata) ou mesmo a migração das frequências para a banda Ku.
Com informações de Teletime.