Com a reclusão domiciliar preventiva ao coronavírus, consumo crescente preocupa operadoras.
Não é mais novidade que as operadoras estão extremamente preocupadas com a sobrecarga de suas infraestruturas no provimento de banda larga. Por conta da reclusão domiciliar preventiva contra a pandemia do COVID-19, os brasileiros concentram todas as suas atividades na web.
Ou seja, entretenimento, informação, educação, trabalho e comunicação. Nessa conta, entram os aplicativos de streaming, plataforma de videoconferência, aulas online, ferramentas para troca de mensagens, além das maiores vilãs: as TVs por assinaturas piratas.
Há vários tipos de acesso. Um deles é o IPTV ilegal, onde o usuário paga um valor baixo mensalmente e recebe dados para logar em um aplicativo e assistir a todos os canais da TV paga, sem exceções.
Um outro serviço é conhecido como “SKY Gato”, um receptor que, quando conectado à internet, permite acesso ilegal a mais de 2 mil canais fechados.
Ao todo, serviços como esses consomem aproximadamente 30% do voluma de redes dos provedores. Valor considerável em tempos de alta demanda motivada pelo isolamento social promovido em combate a pandemia do novo coronavírus.
No SKY Gato, o usuário paga apenas um valor de R$ 800 pelo aparelho e faz o proveito.
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O alto consumo de banda que os dispositivos ilegais proporcionam geram vários gargalos de rede, segundo relatos de pequenos provedores. Com um pacote de 100 mega, um cliente sem serviço ilegal de TV consome aproximadamente um mega. Com a pirataria, esse número aumenta para quatro mega.
É um serviço que consome até três vezes mais banda do que um streaming. Inclusive, vale lembrar que a Anatel se reuniu com diversas plataformas e pediu uma redução na qualidade de transmissão.
A ideia é justamente evitar que o alto consumo de empresas como Netflix, Globoplay, Amazon Prime Vídeo e outras sobrecarreguem a infraestrutura de internet brasileira.
Entretanto, as empresas de streaming, assim como o YouTube, do Google, possuem um sistema que espalha cópias de cada conteúdo. Trata-se do recurso CDN, que tem servidores alocados próximos a pontos de consumo.
Uma estratégia que não sobrecarrega prestadoras de internet fixa. Já uma TV pirata como a “SKY Gato” utiliza servidores de países com regras mais brandas e o tráfego vem do exterior. A prática configura um tipo de link mais caro para as empresas.
A ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura) estima que aproximadamente 4,5 milhões de brasileiros consomem serviços não autorizados de TV.
Com informações de Folha de S.Paulo