Apesar de manifestar suas preocupações, argumentos da operadora foram desconsiderados pelo CADE, que aprovou a iniciativa.
Sem qualquer restrição, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou o acordo que prevê o compartilhamento de redes entre as operadoras TIM e Vivo.
Anunciada em 2019, a negociação é muito aguardada pelos usuários de telecomunicações, que passarão a ter cobertura em localidades que uma das duas não estava presente e agora vão estar, por meio das redes que vão partilhar.
A concorrente Claro tentou manifestar suas preocupações. Para a prestadora, decisões conjuntas sobre redes poderiam ter impacto na competitividade entre as principais teles do país.
É basicamente um argumento sobre “concentração” de mercado, pois o acordo poderia permitir uma divisão geográfica de foco atuação reacionária aos concorrentes.
Entretanto, a empresa parece não ter se lembrado que precisou se defender do mesmo tipo de argumento quando comprou a Nextel, em uma aquisição também aprovada em 2019 e com tentativas de impedimento impostas pela TIM.
Foi então que, para aprovar o compartilhamento de redes, o CADE explorou os argumentos utilizados pela própria Claro em sua última compra e alegou que, além de não envolver transação de ativos, o escopo e a escala do acordo estão bem definidos.
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Sobre o compartilhamento
Para quem ainda não está familiarizado ou por dentro da iniciativa, TIM e Vivo anunciaram o acordo em julho de 2019. As redes 4G de 700 MHz e o 3G serão compartilhadas em cidades com menos de 30 mil habitantes, com possibilidades de expansão.
Com o 2G, será criada uma rede única a ser implementada em áreas onde as duas se fazem presentes. A operadora remanescente vai fornecer a conectividade para a base de clientes das duas.
De início, o acordo deve englobar mais de 800 cidades no compartilhamento de 3G/4G e 2.700 no 2G.
Com informações de Convergência Digital