22/12/2024

Justiça quer mais detalhes sobre o monitoramento de celulares

Governo de São Paulo terá que apresentar termos da parceria celebrada com as operadoras.

Nesta quarta-feira, 15, a 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital determinou que o governo do Estado de São Paulo apresente, em até 10 dias, detalhes sobre a parceria público privada celebrada com as empresas de telefonia móvel.

A decisão atende parcialmente um pedido de ação popular contra o Sistema de Monitoramento Inteligente de São Paulo (SIMI-SP), que utiliza os dados de usuários, fornecidos pelas operadoras, para monitorar a concentração da população durante a quarentena da Covid-19.

Por mais que a iniciativa tenha o objetivo de preservar a saúde das pessoas, no entendimento da juíza Renata Barros Souto Maior Baião, o compartilhamento de dados de movimentação de clientes das operadoras pode levar à violação de direitos constitucionais fundamentais.

Há dúvidas sobre o prazo da parceria, o destino dos dados após o fim do uso do sistema, bem como a extensão do monitoramento, incluindo a área geográfica, periodicidade da coleta de dados, quem terá acesso ao sistema, parâmetros de anonimização, políticas de segurança, entre outros.

VIU ISSO?

–> Anatel defende o monitoramento de celulares

–> Monitoramento via geolocalização de celular é vetado

–> Monitoramento de celular já entrega ‘abandono’ de isolamento social

A magistrada considera que apenas analisando esses termos da parceria entre o governo e as empresas que será possível verificar se ela viola direitos da população.

Além do monitoramento de dados de localização de celulares, a parceria do governo de São Paulo com as operadoras Vivo, Claro, Oi e TIM também inclui o envio de mensagens de alerta para regiões com maior incidência da Covid-19.

Confira a reportagem especial do Minha Operadora sobre o tema.

Com informações de Tribunal de Justiça de São Paulo.

Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigo
Mais recente Mais Votados
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários