Entretanto, entidade impôs restrições ao negócio bilionário.
Nesta quarta-feira, 6, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou com restrições a aquisição da Twenty-First Century Fox pela The Walt Disney Company.
Em fevereiro do ano passado, o Cade já tinha aprovado o negócio, com a condição que a Disney vendesse o canal Fox Sports. A ideia era manter a competitividade do mercado e manter a oferta de canais esportivos no país.
Como a venda não foi efetuada, a entidade decidiu revisar a operação em novembro de 2019.
Uma nova tentativa de venda do Fox Sports foi proposta, mas diante dos esforços da Disney, e levando em consideração as incertezas do cenário econômico atual, provocado pela pandemia da Covid-19, não foi possível prosseguir com a alienação do negócio.
Diante disso, o Cade determinou medidas que diminuem problemas concorrenciais e asseguram a diversidade da programação esportiva no Brasil.
A Disney assinou um Acordo de Controle de Concentração, no qual se compromete a manter na grade do canal principal da Fox Sports, por três anos ou até o término de seus respectivos contratos, todos os eventos esportivos distribuídos no país.
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A companhia deverá manter a mesma qualidade na transmissão de eventos, incluindo os jogos da Copa Libertadores da América, até o dia 1º de janeiro de 2022. Após esta data, as competições deverão ser transmitidas em seus canais afiliados, até o término do contrato com a Conmebol.
O acordo prevê que a Disney pode ceder a marca “Fox Sports” para qualquer outro grupo que se interesse, caso decida encerrar a transmissão deste canal.
“No caso concreto, penso caber ao Cade tutelar a diversidade de programação esportiva disponível ao consumidor. A meu ver, esta seria uma forma de se repassar aos consumidores parte dos ganhos e eficiência advindos deste ato de concentração”, afirmou o conselheiro relator, Luis Henrique Bertolino Braido.
A aquisição da Fox pela Disney, por US$ 71 bilhões (R$ 409 bilhões na cotação atual), tem o objetivo de adicionar mais conteúdo ao serviço Disney+, como forma de rivalizar com a Netflix.