Em resposta, China pretende colocar empresas americanas em uma ‘lista de entidades não confiáveis’.
Nesta sexta-feira, 15, o Departamento de Comércio, em conjunto com o Gabinete de Indústria e Segurança (BIS, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, criou novas regras com o objetivo de realizar um bloqueio global de fornecimento de semicondutores para a Huawei.
Desde o ano passado, as empresas americanas estão proibidas de fornecer softwares e hardwares para a chinesa. Entretanto, a Huawei tem conseguido driblar a medida, terceirizando a produção para fábricas fora dos Estados Unidos, onde são utilizados equipamentos fabricados em território americano.
A intenção agora é expandir a autoridade dos EUA para exigir licenças de vendas de semicondutores fabricados no exterior com a tecnologia americana, impedindo que a empresa chinesa receba remessas da cadeia global de suprimentos.
A imposição afeta diretamente a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company, um dos principais fornecedores da Huawei. A fabricante precisa de semicondutores para seus smartphones e equipamentos de telecomunicações.
A nova regra já entra em vigor nesta sexta-feira, mas terá uma carência de 120 dias, para não gerar impactos econômicos imediatos.
Em resposta, a China pretende fazer a sua própria lista de empresas americanas consideradas “não confiáveis”, além de iniciar investigações e impor restrições para empresas como Qualcomm, Cisco e Apple, sediadas nos EUA e altamente dependentes do mercado chinês. O governo de Pequim disse, ainda, que pretende suspender a compra de aviões da Boeing.
VIU ISSO?
–> Huawei pode ser banida em bancos americanos
–> Governo dos Estados Unidos fará pente fino nas operadoras do país
–> EUA estão dispostos a financiar 5G no Brasil
Este é mais um capítulo da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Desde maio de 2019, a Huawei foi incluída em uma lista negra, devido a preocupações de segurança nacional, por espionar clientes e violar sanções dos EUA ao Irã.
Tanto a Huawei como o governo chinês negam as acusações.
Com informações de Reuters e Global Times.