Como esperado, receita do pré-pago foi afetada por uma diminuição do número de clientes recarregadores.
A TIM (TIMP3) divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020. Por eles, já é possível ter um entendimento sobre os reais impactos da COVID-19 na performance financeira da operadora. O setor pré-pago, como era esperado, foi um dos mais afetados.
Com o fechamento das lojas e pontos físicos de recarga, o impacto foi de uma redução em 10% no número de clientes que compravam créditos. Um resultado que influenciou diretamente na queda de 4,5% na receita do segmento.
No entanto, para compensar, a companhia segue bem-sucedida na tarefa de migrar clientes para planos de maior valor. Um dos destaques da divulgação é o crescimento da base do TIM Black Família, que atingiu a marca de 500 mil clientes.
Para o pós-pago no geral, a operadora enfatiza um impacto financeiro limitado. Foi registrado um crescimento de 2,8% na receita com os consumidores do pós. As desconexões reduziram e compensaram o impacto gerado pelo fechamento dos canais brutos para vendas de planos.
O total da Receita Móvel foi de R$ 3.840 milhões, cresceu 1,2% se comparado ao trimestre passado. Os esforços para migrar clientes do pré-pago para o pós-pago refletem no crescimento de 4,8% na Receita Média Mensal por Usuário (ARPU).
TIM Live em mais cidades
A banda larga via fibra óptica da operadora cresceu 29,1% em receita no comparativo com os três últimos meses de 2019. Sobre os resultados, a TIM destaca a penetração de ofertas com maior valor e também as novas velocidades oferecidas.
RELEMBRE
OS ÚLTIMOS RESULTADOS DA TIM
–> TIM
perdeu mais de 2 milhões clientes pré-pagos
–> Lucro
ajustado da TIM cresce 61% no terceiro trimestre
–> TIM
registra lucro de R$ 423 milhões no segundo trimestre
É um serviço que já está presente em 26 cidades do país e já representa 58% da receita de serviço fixo da marca, que totalizou R$ 251 milhões. O ARPU foi 6,1% maior no comparativo trimestral.
Outros impactos do coronavírus
Sobre a pandemia da COVID-19, outra influencia direta foi o crescimento nas provisões para devedores duvidosos, de 9,3%, anualmente, mas o ritmo desacelerou, conforme explicação da TIM.
“Após apresentar a primeira redução T/T no 4T19, a linha teve crescimento de 0,9% T/T no 1T20. Tal performance é explicada pelo aumento da base de receita exposta a inadimplência em função do aumento da base pós-paga em 5,3% A/A, além de um ambiente macroeconômico desafiador (desemprego, renda e endividamento das famílias)”, destacou a empresa na divulgação.
A TIM encerrou o trimestre com Receita Líquida de R$ 4.215 milhões. O crescimento anual é de 0,6%. Para a empresa, é um ritmo de expansão reduzido pelos impactos da COVID-19, que começou a surtir efeito a partir da segunda quinzena de março.