Acordo tem potencial de beneficiar mais de 2700 municípios brasileiros.
No mesmo dia que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negou recurso da Claro, a TIM e a Vivo anunciaram aos seus acionistas e ao mercado em geral a aprovação do acordo de compartilhamento de suas infraestruturas de rede móvel.
O acordo já tinha sido aprovado em 30 de abril, pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e dependia apenas da aprovação do Cade, que ocorreu nesta quarta-feira, 3.
A ideia da TIM e da Vivo é compartilhar as infraestruturas do 2G, 3G e 4G, aumentando a capacidade de tráfego das duas companhias e permitindo a entrada de uma das operadoras em cidades onde a outra não está presente.
Ou seja, um cliente da TIM poderá usar a rede da Vivo e vice-versa. Para o usuário, a medida amplia a cobertura da rede móvel da sua operadora contratada.
Além disso, o acordo permitirá otimização dos ativos e recursos das empresas, melhorando a eficiência operacional e financeira.
Por enquanto, serão dois contratos de cessão de compartilhamento de redes.
Em comunicação enviada ao mercado em dezembro do ano passado, o acordo já tinha sido detalhado.
O primeiro contrato visa implementar uma rede única de tecnologia 2G em áreas onde as duas operadoras estão presentes.
As empresas pretendem desativar sites sobrepostos, com o objetivo de reduzir custos e otimizar o uso do espectro. Esta iniciativa abrange a totalidade do território nacional, envolvendo cerca de 2.700 cidades.
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Quanto ao segundo contrato, as empresas estimaram que no primeiro ano de vigência do acordo cada uma das companhias cederá acesso às suas redes 3G e 4G em mais de 400 municípios, na qual a parceira não tinha cobertura antes.
Com isso, o alcance total da iniciativa deverá ultrapassar 800 municípios, contribuindo para a expansão das redes 3G e 4G sem que as companhias tenham que fazer grandes investimentos.
Já nas cidades onde ambas as operadoras já oferecem serviços, a intenção é de criar uma rede 3G e 4G única, utilizada por ambas companhias.
Por se tratar de uma medida inovadora, sob o ponto de vista técnico e operacional, o acordo terá um escopo inicial de 50 cidades, com cada umas das operadoras sendo responsável por 25 localidades.
Ao fim de 180 dias, após o início da consolidação das redes, as empresas pretendem fazer um balanço para a expansão do perímetro total da iniciativa. O potencial é de abranger mais de 1.600 cidades.
Ambas operadoras afirmam que independentemente deste acordo de compartilhamento de infraestrutura de rede, as empresas pretendem preservar a autonomia comercial e gestão de seus clientes.