Operadora pode levar vantagem na negociação para evitar que as concorrentes Claro e Vivo fiquem com alta concentração de mercado.
O processo de venda da unidade móvel da Oi é até mais surpreendente do que todos imaginavam, já que ninguém esperava que a Claro fosse se unir com TIM e Telefônica (Vivo) para a realização das propostas.
No entanto, de acordo com o Bradesco BBI, a operadora da Telecom Itália segue com vantagem na negociação pelos ativos da tele carioca.
Tudo por causa da alta concentração de espectros nas mãos da concorrência. Na divisão das 93 frequências da Oi, a TIM ficaria com 46 e um total de 163,5, ou seja, 31% de todo o espectro presente no país.
Já Telefônica (Vivo) e Claro empatariam com 35% do total, cada uma. Seria a divisão mais justa para o bem da concorrência no país e fim de qualquer tipo de concentração.
A outra análise do cenário vem do Credit Suisse, que prevê a TIM com 54% da Oi Móvel, caso a proposta conjunta das teles seja aceita, com base nesse mesmo cálculo de espectros.
Quem pode realmente melar todo esse esquema das “gigantes nacionais” é a regional Algar Telecom.
VIU
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Afinal, há quem acredite que a proposta feita por TIM, Claro e Telefônica (Vivo) não contemple o valor de R$ 15 bilhões que a Oi pede, de acordo com o BTG Pactual.
Entretanto, o Jornal O Globo afirma que a proposta das três é de R$ 18 bilhões.
Se a primeira alternativa for a correta, a Algar Telecom segue com chances nesse processo, caso tenha oferecido o valor pedido ou uma quantia acima dele.