Rival da SpaceX, projeto visa levar banda larga de alta velocidade para regiões desconectadas em todo o mundo.
A Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos EUA aprovou nesta quinta-feira, 30, o pedido da Amazon para operar uma constelação com cerca de 3,2 mil satélites em órbita da Terra.
A um custo estimado de US$ 10 bilhões (R$ 52,15 bilhões na cotação atual), a constelação Kuiper tem o objetivo de implantar uma frota de pequenos satélites que fornecerá conectividade banda larga de baixa latência e alta velocidade para consumidores, governos e empresas de todo o mundo.
A ideia é que a constelação também ajude a expandir as áreas de cobertura de 4G e 5G, permitindo serviços de baixa latência para operadoras móveis.
O valor do projeto é o mesmo estimado pela constelação rival, a Starlink, da SpaceX, que já conta com mais de 500 pequenos satélites em órbita.
Na decisão da FCC, a Amazon tem até 30 de julho de 2026 para lançar metade de sua frota de satélites e até 30 de julho de 2029, para a constelação estar completa.
A companhia pretende operar a Kuiper na banda Ka e implantar os satélites em três camadas, uma a 590 quilômetros, outra a 610 quilômetros e a terceira a 630 quilômetros da Terra.
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Jeff Bezos, fundador da Amazon, também é dono da empresa de lançamento de foguetes Blue Origin. Entretanto, não está definido qual foguete impulsionará os satélites da Kuiper. Empresas como a United Launch Alliance, a Northrop Grumman e a própria SpaceX poderiam competir pelos contratos de lançamento.
Além da Amazon e da SpaceX, a Telesat, OneWeb e possivelmente a Viasat também pretendem entrar no mercado de banda larga de alta velocidade oferecida a partir de um grande número de satélites em baixa órbita terrestre.
Projetos como esses, que envolvem o lançamento de milhares de objetos em órbita, tem sido criticada, pelo aumento do lixo espacial, além de atrapalhar pesquisas astronômicas.
Com informações de SpaceNews.